05/10/2023 às 13h41min - Atualizada em 06/10/2023 às 00h00min

UE: 2023 está a caminho de se tornar o ano mais quente já registrado

Para cientistas, mudanças climáticas, combinadas aos efeitos do fenômeno El Niño, que aquece as águas do Pacífico, tem provocado as temperaturas recordes.

Brasil e Mundo
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O ano de 2023 está a caminho de se tornar o mais quente já registrado, com a temperatura média global até o momento 0,52ºC acima da média normal, informou o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, nesta quinta-feira (5).



Os cientistas afirmaram que as mudanças climáticas, combinadas aos efeitos do fenômeno El Niño, que aquece as águas superficiais no leste e centro do Oceano Pacífico, têm provocado as recentes temperaturas recordes.



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"As temperaturas sem precedentes para a época do ano observadas em setembro -- após um verão atípico -- quebraram recordes em número extraordinário. Esse mês extremo levou 2023 ao caminho de ser o ano mais quente e cerca de 1,4ºC acima das temperaturas médias pré-industriais", disse Samantha Burgess, vice-diretora do Copernicus, em comunicado.



A temperatura global de janeiro a setembro também é 1,4ºC mais alta do que a média pré-industrial (dos anos 1850 a 1900), acrescentou o instituto, conforme as mudança climáticas levam as temperaturas globais a novos recordes e os fenômenos climáticos de curto prazo impulsionam os movimentos de temperatura.



O mês passado foi o setembro mais quente já registrado globalmente, 0,93°C acima da temperatura média do mesmo mês entre 1991 e 2020. A temperatura global mensal foi a mais atípica de todos os anos no conjunto de dados ERA5, que remonta a 1940.



"A dois meses da COP28, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, o senso de urgência para uma ação climática ambiciosa nunca foi tão crítico", disse Burgess.



O ano passado não foi um recorde, embora o mundo tenha ficado 1,2ºC mais quente do que na era pré-industrial. O recorde anterior pertencia a 2016 e 2020, quando as temperaturas foram em média 1,25°C mais altas.



"O que é especialmente preocupante é que o fenômenos El Niño ainda está em desenvolvimento e, portanto, podemos esperar que essas temperaturas recordes continuem por meses, com impactos em cascata no meio ambiente e na sociedade", disse o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas.



A análise do órgão é baseada em bilhões de medições de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas.



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Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2023-10/ue-2023-esta-caminho-de-se-tornar-o-ano-mais-quente-ja-registrado
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