Dados do monitoramento das condições do lago no final da tarde de quinta-feira (5) mostraram que a temperatura da água chegou a 38°C. Vários peixes mortos foram encontrados próximos a uma mancha identificada há alguns dias com uma floração de algas. Há a possibilidade de elas estarem liberando algum tipo de toxina.
Também foram enviadas quatro piscinas infláveis pela ONG Sea Shepherd Brasil, de São Paulo, que serão utilizadas para garantir a sobrevivência dos animais impactados pela seca extrema e aumento da temperatura da água no lago.
Um Comando de Incidentes (CI) foi instalado em Tefé, com a coordenação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com o apoio do Instituto Mamirauá e o Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (IPA/AM). As ações estão concentradas no monitoramento dos animais vivos e no recolhimento e na necrópsia das carcaças, além de coleta de amostras para análise das possíveis causas do incidente e outras variáveis ambientais.
“Cabe destacar que protocolos sanitários têm sido adotados para a destinação das carcaças. Alguns animais estão feridos pelas lâminas dos barcos a motor, pois não há profundidade para mergulharem o suficiente para escapar das hélices. O ICMBio segue reforçando as ações para proteger as espécies", informou o órgão ambiental.
A mobilização, iniciada no final de semana, ocorreu após a morte de mais de 100 mamíferos aquáticos, como os botos vermelho e o tucuxi, que viviam no local.
No sábado (30), o ICMBio enviou equipes de veterinários e servidores do seu Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA) e da Divisão de Emergência Ambiental para apurar as causas da mortandade extrema desses mamíferos.
Com informação da Agência Brasil