Durante três dias na capital costa-riquenha, San José, a conferência tratou dos principais desafios do setor, incluindo temas como sustentabilidade, segurança alimentar, mudanças climáticas e agricultura familiar.
“Estou convencido de que o futuro da cooperação técnica passa por projetos que reúnam dois ou mais países – não necessariamente de uma mesma região. Podem ser países muito diferentes, mas que têm em mente a complementação.”
Para o diretor-geral do IICA, o futuro da cooperação técnica passa por projetos cada vez mais dotados de multiatores, envolvendo, portanto, não apenas governos, mas setor privado e organismos da sociedade civil. “Mudam também os limites dos temas. Não serão mais projetos apenas de saúde ou agricultura familiar. São projetos que cruzam diferentes temas, fortalecendo o tecido rural, construindo pontes com os centros urbanos”, disse.
“Uma agricultura com uma missão ampliada, com uma clara responsabilidade com os temas da alimentação e do equilíbrio ambiental”.
O Brasil vai sediar, em 2025, a próxima reunião da Junta Interamericana de Agricultura (JIA), principal órgão de governo do IICA. O país foi escolhido como anfitrião durante a Conferência de Ministros da Agricultura das Américas. O México chegou a anunciar sua disposição de sediar a reunião, mas abriu mão de concorrer diante do apoio de diversos Estados-membros à candidatura brasileira.
O secretário de Comércio e Relações Institucionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Roberto Perosa, destacou que, em 2025, o Brasil já será anfitrião da Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (COP30). Para ele, o encontro representa o momento ideal para que ministros da Agricultura das Américas permaneçam por mais alguns dias em solo brasileiro para discutir os principais desafios do setor.
“É uma oportunidade única”, disse, ao se referir à COP como o evento mais importante dos últimos tempos.
*A repórter viajou a convite do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA)
Com informação da Agência Brasil