Em cerimônia de celebração dos 20 anos do Bolsa Família, nesta sexta-feira (20), Lula prestou solidariedade a essas crianças.
“Hoje, quando o programa Bolsa Família completa 20 anos, eu fico lembrando que 1,5 mil já morreram na Faixa de Gaza, que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel, mas também não pediram para que Israel reagisse de forma insana e matasse eles. Exatamente aqueles que não têm nada a ver com a guerra, aqueles que só querem viver, aqueles que querem brincar, aqueles que não tiveram direito de ser criança”, destacou.
Entenda a origem do conflito no Oriente Médio
No dia 7 de outubro, o Hamas lançou um ataque surpresa de mísseis contra Israel e a incursão de combatentes armados por terra, matando civis e militares e fazendo centenas de reféns israelenses e estrangeiros. Em resposta, Israel bombardeou várias infraestruturas do Hamas, em Gaza, e impôs um cerco total ao território, com o corte de abastecimento de água, combustível e energia elétrica.
O Ministério da Defesa israelense informou ainda que pretende ocupar a Faixa de Gaza por terra. Os ataques já provocaram milhares de mortos, feridos e desabrigados nos dois territórios.
O Brasil defende a libertação dos reféns pelo Hamas e a criação de um corredor humanitário para permitir o envio de ajuda aos civis palestinos em Gaza.
Ainda nesta sexta-feira, Lula conversou, por telefone, com o presidente da França, Emmanuel Macron, e agradeceu o voto francês na resolução brasileira no Conselho de Segurança das Nações Unidas. O texto pedia pausas humanitárias aos ataques entre Israel e o Hamas para permitir o acesso de ajuda à Faixa de Gaza. O documento, entretanto, foi rejeitado.
O resultado da votação foi 12 votos a favor, duas abstenções, sendo uma da Rússia, e um voto contrário, por parte dos Estados Unidos. Por se tratar de um membro permanente, o voto norte-americano resultou na rejeição da proposta brasileira.
Em nota, o Palácio do Planalto informou que Lula e Macron ressaltaram a necessidade de se conferir maior representatividade e força para as Nações Unidas e que Brasil e França continuarão em contato em busca de uma solução pela paz e questões humanitárias na região do Oriente Médio.
“Ambos trataram da importância de se estabelecer corredor humanitário para a saída de estrangeiros e entrada de água potável, alimentos e remédios na Faixa de Gaza. Os dois presidentes concordaram sobre a necessidade de libertação imediata dos reféns pelo Hamas e sobre o terrível impacto do conflito nas crianças palestinas e israelenses. Manifestaram preocupação com os riscos de escalada do conflito”, diz a nota da Presidência.
Os presidentes também trataram de outros assuntos da agenda bilateral e internacional. Macron confirmou ainda que, atendendo a convite do presidente Lula, fará sua primeira visita oficial ao Brasil no primeiro semestre do ano que vem.
Com informação da Agência Brasil