Também estão vetadas as homenagens a pessoas que tenham cometido atos lesivos aos direitos humanos, aos valores democráticos, ao respeito à liberdade religiosa ou de natureza racista.
A vereadora Mônica Benício, do Psol, que é coautora do projeto, enfatiza que é preciso fazer uma reparação histórica sobre o período da escravidão, principalmente para marcar posição sobre a identidade e a postura que tomamos hoje sobre o Brasil que queremos daqui para frente.
Para o historiador Luiz Antônio Simas, a aprovação desse projeto é extremamente positiva para entender o passado, construir o presente e elaborar perspectivas de um futuro mais justo".
"E é óbvio que, quando você constrói uma estátua, quando você dá nome a uma rua, você está a rigor construindo um lugar de memória, um lugar de lembrança. Então, você homenagear gente que, no fim das contas, colaborou com esse projeto genocida, com esse projeto escravocrata, isso é um desserviço até ao exercício da cidadania. Então, nós somos um país com um passado que é muito pesado, que precisa ser rediscutido, que precisa ser relembrado numa dimensão crítica, para que a gente consiga construir um futuro melhor."
Já os parlamentares contrários à proposta argumentaram que não é correto, nem desejável, reescrever a história. O vereador dr. João Ricardo, do PSC, por exemplo, defende que temos que olhar pra frente e assegurar direitos, avançando em pautas progressistas.
Com informação da Agência Brasil