Este é o quarto grupo de estrangeiros ou residentes com dupla nacionalidade que as autoridades egípcias e israelenses, com a anuência do governo norte-americano, autorizam a ingressar em território egípcio, escapando à guerra entre Israel e o Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza – estreito pedaço de terra de cerca de 41quilômetros de comprimento por 10 quilômetros de largura, banhada pelo Mar Mediterrâneo, e onde vivem cerca de 2,2 milhões de palestinos.
Trinta e quatro brasileiros que pediram auxílio ao governo brasileiro estão abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, na Faixa de Gaza, próximas à fronteira. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o esquema de repatriação do grupo prevê auxílio desde a saída da Faixa de Gaza – com equipes e ônibus de prontidão, medicamentos e alimentação – até o embarque no Aeroporto do Cairo, onde um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) os aguarda.
Na quinta-feira (2), após a segunda lista ser divulgada sem contemplar nenhum brasileiro, a assessoria do Itamaraty reafirmou a jornalistas não haver como prever em quanto tempo os 34 brasileiros serão autorizados a deixar Gaza, já que os critérios de seleção são aplicados pelas autoridades locais. O governo brasileiro, contudo, segue contatando lideranças regionais a fim de tentar agilizar a repatriação dos brasileiros e de seus parentes de outras nacionalidades.
Apesar disso, nesta sexta-feira (3), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que os 34 brasileiros devem ser autorizados a cruzar a fronteira até a próxima quarta-feira (8).
“Tive uma conversa telefônica - foi a quarta que tive com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen - e ele me deu garantias de que até quarta-feira todos os brasileiros que estão em Gaza poderão sair pela passagem de Rafah”, disse Vieira, acrescentando não estar descartada a possibilidade da liberação ocorrer antes.
Com informação da Agência Brasil