A afirmação foi feita durante audiência na Câmara dos Deputados, após parlamentares terem levantado suspeitas contra algumas questões que, segundo eles, associariam o agronegócio brasileiro ao desmatamento nos biomas do país; à exploração de trabalhadores do campo; e à invasão de terras indígenas.
Ainda sobre a questão da prova que citava o agronegócio, o ministro argumentou que ela era de interpretação de texto, elaborada a partir de um livro. “Não é questão de concordar ou discordar. É de interpretar”.
Após ouvir da oposição acusações de que o governo Lula não gostava do setor agropecuário, Santana garantiu não haver, por parte do atual governo, qualquer preconceito contra o setor “tão importante para o país”.
“Inclusive, o governo que mais apoiou o agronegócio ao longo da história foi exatamente o do presidente Lula. Nós valorizamos e apoiamos [este setor]. Inclusive o Plano Safra, que foi lançado, é o maior plano da história desse país. Nós compreendemos a importância desse setor para a economia brasileira. Não só os grandes, mas os médios e os pequenos que produzem”, complementou ao citar uma série de parcerias entre órgãos federais, algumas envolvendo universidades, e a produção agrícola.
Camilo Santana, no entanto, reiterou que o governo se preocupa também com a questão ambiental, em especial com o combate ao desmatamento. Na avaliação do ministro, os cuidados com o meio ambiente são benéficos também para os produtores rurais, uma vez que garante a eles melhores condições para o plantio.
“Estamos vendo as mudanças climáticas que estão acontecendo nos estados. Isso é fruto da reação da natureza. A meu ver, não é incompatível [associar] o crescimento econômico e do agronegócio com a proteção e o respeito ao ambiente nesse país. Não é incompatível você crescer respeitando o meio ambiente. Essas duas coisas são compatíveis. É nisso que acreditamos e é isso o que defendemos”, concluiu.
Com informação da Agência Brasil