O convite às três reafirma o compromisso do Unicef em promover e assegurar a participação ativa de jovens em debates e tomada de decisões que os afetam diretamente. De acordo com o estudo Crianças, Adolescentes e Mudanças Climáticas no Brasil, divulgado pelo Unicef em 2022, 40 milhões de meninas e meninos estão expostos a mais de um risco climático ou ambiental (60% do total) no Brasil, com impacto sobre a garantia de direitos de crianças e adolescentes.
“A pauta climática é uma das prioridades do Unicef e a COP 28 será uma oportunidade para a juventude compartilhar e multiplicar conhecimento, bem como acompanhar as negociações que aqui são feitas, afinal estamos falando do futuro delas”, completou.
Maria Eduarda Silva, ativista pelos direitos de crianças e adolescentes e ativista climática, desenvolve atividade em combate as ações climáticas no semiárido brasileiro desde os 14 anos de idade. Atualmente representa o Brasil na rede Unicef Youth Leadership Network Action for Climate, é estudante de Relações Internacionais e Estudos para a Paz e Transformação de Conflitos. Foi nomeada recentemente como Youth Advocate pelo Unicef Brasil.
“Meu objetivo é trazer os debates e a participação ativa de crianças, adolescentes e jovens na COP28, principalmente nos espaços de tomada de decisão. Precisamos ocupar esses lugares porque somos os mais afetados pelas mudanças climáticas”, disse Maria Eduarda.
Larissa Napoli é arquiteta e urbanista formado pela Universidade de São Paulo. Participou da iniciativa Chama na Solução, do Unicef e da Viração Educomunicação, em 2022. É coordenadora e integrante do projeto Quebrada Agroecológica, que promove ações no território de São Paulo e debate segurança hídrica e agroecologia nas comunidades do Brasil.
"Vim trazer a mensagem da importância da gente promover pequenas iniciativas de inovação nos territórios que já estão sofrendo com as mudanças climáticas e como é importante essas ações nos próprios territórios feitas pelas pessoas que já estão passando por essas consequências podendo construir novas alternativas para poder enfrentar as mudanças climáticas em seus territórios”, afirmou Larissa.
Sofia Oliveira do Rosário, da comunidade ribeirinha da Ilha de Cotijuba, em Belém, é conselheira do Tá Selado, iniciativa de participação cidadã da Prefeitura de Belém, no distrito de Outeiro, é ativista pelo direito das mulheres e participa do Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém. Há 2 anos, ela tem participado de iniciativas do Unicef Belém com foco em empoderamento de meninas e mudanças climáticas.
“Eu vim para a COP28 com o objetivo de dar visibilidade para as comunidades de áreas insulares e povos originários. Espero fazer futuras parcerias para termos esse envolvimento cultural com as áreas insulares e mais oportunidades para os jovens”, disse Sofia.