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12/12/2023 às 10h21min - Atualizada em 12/12/2023 às 10h21min

​Goiás soma 100 doadores de órgãos em 2023

Rede estadual de saúde registra marca histórica, recorde anterior era de 2018 com 89 doações

Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás
Foto: Imed
A rede de saúde do Governo de Goiás obteve em 2023 mais um número histórico, chegando a 100 doadores de órgãos. Até então, o maior número era de 2018, quando foram registrados 89 doadores. A centésima captação foi feita no sábado (9/12), no Hospital Estadual de Trindade Walda Ferreira dos Santos (Hetrin), de um doador de 57 anos que teve morte encefálica, após sofrer acidente vascular cerebral isquêmico. As equipes captaram córneas e rins, que vão beneficiar pessoas que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). 

“Esse desempenho de 2023 é resultado do trabalho realizado pelos profissionais de saúde e das campanhas de sensibilização que têm impactado a cultura da doação de órgãos no Estado”, avalia a gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Katiuscia Freitas.

Um dos principais motivadores desses números positivos, segundo a gerente, é a redução da recusa familiar, que atualmente está em 62%. O número ainda é considerado alto, mas já é melhor que o registrado em 2022, quando a rejeição chegou a 66,4%. "A nossa avaliação é que o trabalho que vem sendo desenvolvido está apresentando resultados até acima do que a gente esperava", avalia.

Outro indicador em Goiás e no Brasil se refere ao fato de que o país já alcançou a meta estipulada da taxa de doadores para 2023, conforme o último registro brasileiro de transplantes. O índice projetado para o Brasil, de 19,4 doadores por milhão de população (pmp), foi superada ainda em setembro, com 19,6 doadores pmp. Já o estado de Goiás registrou, em 2023, a maior taxa de doações da série histórica, com 14,9 pmp. 

Para a gerente de transplantes da SES, é preciso continuar avançando. E a principal barreira está no ambiente doméstico. "O maior desafio é a gente fazer o assunto da doação de órgãos estar dentro de casa, para as pessoas conversarem e deixarem avisado aos familiares o desejo de ser doador”, orienta. “Só por meio da conscientização das famílias e do engajamento da sociedade como um todo será possível aumentar esses números, proporcionando esperança para aqueles que aguardam na fila por um órgão compatível”, deseja.






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