21/12/2023 às 16h24min - Atualizada em 21/12/2023 às 16h24min

Mercado Livre de Energia se abre a consumidores de alta e média tensão e movimenta setor fotovoltaico

Mirando pequenas e médias organizações, a goiana Yellot se une em joint venture à comercializadora Athena para expandir atuação no segmento

Foto: Divulgação
A partir de janeiro de 2024 todos os consumidores ligados em alta e média tensão – o chamado Grupo A –, como indústrias e comércios, estarão aptos a migrar para o Mercado Livre de Energia (MLE). Ou seja, poderão buscar sua energia diretamente de geradores e comercializadores, negociando livremente preço, volume, prazo e flexibilidade, remunerando a distribuidora apenas pelos custos de transmissão e distribuição. Faltando poucos dias para a mudança e de olho nesse mercado, Yellot, energy platform referência em energia limpa no Centro-Oeste, fechou parceria através de uma joint venture com a comercializadora Athena Energia, que oferece soluções de energia customizadas às necessidades de cada empresa.
 
O objetivo é garantir liberdade de escolha para um maior número de consumidores que desejam previsibilidade em suas contas de energia, não estando sujeitos às oscilações de preços, reajustes do mercado cativo e mudanças das bandeiras tarifárias. Especialistas comparam a possibilidade de o cliente escolher o fornecedor de energia elétrica ao setor de telecomunicações, no qual os consumidores podem optar pela operadora de telefonia. Até o momento, apenas empresas com demanda contratada acima de 500 kW podem migrar para o MLE. A partir do ano que vem não há mais limite de carga.

 
O processo é simples e todo intermediado pela comercializadora. Desde que seja do Grupo A, ligada em média ou alta tensão, a empresa poderá comprar de qualquer região do Brasil. Um estabelecimento no Mato Grosso do Sul poderá comprar energia de uma comercializadora em São Paulo, que venderá energia elétrica gerada em usina solar em Goiás, por exemplo.
 
"Estamos vivenciando um momento-chave do mercado de energias. Sabemos que eficiência energética é um dos principais desafios dos nossos clientes e entramos nessa parceria comprometidos a cuidar para que eles tenham cada vez mais liberdade, economia e otimização de recursos usando uma energia limpa e sustentável. Esses são fatores fundamentais para uma economia dinâmica, o que reafirma nosso compromisso de oferecer soluções completas com toda a segurança e tecnologia de ponta, pela qual somos reconhecidos em nosso mercado", ressalta o CEO da Yellot, Pedro Bouhid.
 
De acordo com o diretor executivo e fundador da Athena Energia, Gabriel Barreto, a expertise da Yellot, com uma força de vendas estruturada e capacitada, irá agregar muito no trabalho da Athena, que também atua como consultora junto a seus clientes.  “Estamos muito contentes em fazer parte desse novo momento do setor de energia, agora com o apoio da Yellot, com quem firmamos essa parceria em prol de um objetivo em comum: auxiliar as empresas e potenciais consumidores a migrarem para o mercado livre de energia. Assim, chegaremos a mais empresas para oferecer soluções de energia completas, focadas na eficiência e com mais economia, segurança e sustentabilidade”, comemora.
 
Futuro
Segundo a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), dentro do Grupo A, que soma 202 mil unidades consumidoras, há 37 mil que já estão no mercado livre, 93 mil unidades que aderiram ao modelo de geração distribuída e ainda há 72 mil unidades consumidoras com condições para migrar. A estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é de que, com a abertura, haja migração de clientes que consomem um total de 279,4 gigawatts-hora (GWh) de energia por mês. Ou seja, 1% da energia demandada mensalmente pelos consumidores no mercado cativo ou regulado – que só podem comprar energia de distribuidora local.


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