Assinada pelos jornalistas Victoria Bechara e Bruno Caniato, a publicação ressalta a aprovação do governador goiano, hoje o gestor estadual mais bem avaliado do Brasil, e aponta que Caiado, como estratégia para se firmar como um candidato competitivo, pretende levar para os debates nacionais pautas sobre temas sensíveis e cujo sucesso da sua administração o deram toda popularidade atestada pelas pesquisas, como a segurança pública, hoje um dos principais gargalos da gestão petista, e a redução da pobreza em Goiás no último ano. O governador goiano tem a aprovação de 81% da população, segundo o último levantamento do Instituto Paraná Pesquisas.
A reportagem discorre sobre os caminhos e barreiras que Ronaldo Caiado deve enfrentar para viabilizar seu nome para a disputa, começando pelo seu próprio partido, o União Brasil. Nesse ponto, diz a Revista, o goiano já conquistou a primeira vitória, já que uma convenção marcada para o dia 29 de fevereiro vai decidir quem assume a presidência da legenda no lugar de Luciano Bivar, fato que abre possibilidades para que o União Brasil decida por candidatura própria.
“A partir da convenção nacional, nós teremos uma outra realidade dentro do partido. As posições partidárias não irão partir mais apenas de uma ou de outra pessoa”, acredita Caiado.
Quanto ao apelo eleitoral para tamanha empreitada, a reportagem aponta que Caiado partirá das conquistas que alcançou em Goiás, e lembra que são considerados pontos fortes de sua gestão como governador o crescimento econômico, impulsionado pelo agronegócio, os bons indicadores de segurança e os resultados positivos de políticas sociais implementadas no Estado, desde que chegou ao governo, em 2019. A Revista ressalta, também, que Goiás é o segundo estado que mais reduziu o índice de pobreza em 2022, conforme mostra estudo do IBGE.
Outro destaque é o fato de que Ronaldo Caiado pretende abrir escritórios em São Paulo e Brasília nos próximos dois meses. Além disso, reforça a matéria, o governador goiano assumiu, no último mês, a presidência do Consórcio Brasil Central, que inclui os governadores do Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Tocantins.
Entrevista
A Revista também publicou a entrevista que fez com Ronaldo Caiado, que reafirmou seu perfil conservador, característica que o definia já na eleição de 1989, quando disputou pela primeira vez a Presidência da República. Sobre as qualidades que o credenciam a representar a direita em 2026, Caiado lembrou sua história na política, sempre em defesa da iniciativa privada e do direito à propriedade. “Não estou remodelando meu perfil, estou preservando o que sempre fui”, frisa.
Sobre o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível até 2030 por força de decisão do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), Caiado reafirmou seu entendimento de que é um apoio muito importante, mas que não pode terceirizar a Bolsonaro a responsabilidade por sua pré-campanha. Primeiro, diz, precisa se viabilizar candidato.
“O apoio de Bolsonaro é muito importante. Ele conseguiu atender a esse sentimento conservador do país. Mas, até que eu tenha condições de pleitear isso, preciso me apresentar ao Brasil, debater as mudanças substantivas que nós fizemos em Goiás, como foi a minha postura no Congresso em temas delicados”, explica.
A respeito da possibilidade de enfrentar Lula novamente, depois de quase quarenta anos – eles foram adversários em 1989 -, Ronaldo Caiado diz que será um momento especial. Ele lembra que é, provavelmente, o político em atividade com a mais longeva história de oposição ao PT e a Lula, e que será a oportunidade de apresentar ao Brasil a outra maneira de enxergar o País.
“Um momento especial para mim. Será a hora de apresentar a outra maneira de enxergar o Brasil, sinalizar novos rumos, sair da estagnação que o país viveu nesse tempo em que foi governado dentro desse sentimento de esquerda”, avalia.