21/02/2024 às 10h23min - Atualizada em 21/02/2024 às 10h23min

Grupos para venda de conteúdo de pornografia infantil e envio de ‘amostras’ tinham mais de 300 integrantes, diz delegada

Técnico em conserto de celulares foi preso suspeito de ser o responsável por vender o material. Outros dois homens que guardavam imagens nos celulares também foram presos durante operação policial.

Por Vitor Santana, g1 Goiás
https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2024/02/21/grupos-para-venda-de-conteudo-de-pornografia-infantil-e-envio-de-amostras-tinham-mais-de-300-integrantes-diz-delegada.ghtml

Os grupos em aplicativo de mensagens montados para venda de conteúdo de pornografia infantil e envio de ‘amostras’ tinham mais de 300 integrantes, de acordo com a Polícia Civil. Um assistente técnico em conserto de celulares foi preso suspeito de montar os grupos e fazer os anúncios dos conteúdos. Outros dois homens foram presos por armazenar as imagens nos celulares.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados e, com isso, o g1 não conseguiu localizar a defesa deles até a última atualização dessa reportagem.

“Ele [líder] monitorava e criava grupos, alguns com mais de 300 pessoas. Então é um potencial revendedor desses conteúdos”, disse a delegada Marcella Orçai.

 

A delegada explicou que o dono desses grupos criava anúncios digitais com as imagens de exploração, divulgava em grupos de venda de produtos em geral em redes sociais e deixava um link para que os interessados pudessem entrar.

Além dos três presos, a polícia já identificou e está apurando a conduta de mais 15 pessoas que participavam do grupo. Em alguns casos, há comprovantes de transferências bancárias entre os suspeitos.

Operação combate grupo para venda de material com pornografia infantil

A investigação começou há seis meses. A polícia divulgou prints de conversas no WhatsApp que mostram o suspeito dizendo que tem mais de cinco mil vídeos e material pornográfico de crianças para vender.

"Tenho tudo, de 10 anos para cima e para baixo também (risos)", diz o suspeito.

Em outra mensagem, o suspeito lista os conteúdos que diz ter armazenado:

“Vários. Mãe e filha, estupro, tudo”.

A delegada pontuou ainda que não adianta justificar que não sabia do que o grupo se tratava ou que entrou nos grupos por acaso, porque tinham convites para clicar e participar.

"Não é só um armazenamento de imagens. Para aquela imagem ser armazenada alguma criança foi abusada. Para haver o armazenamento tem que haver o estupro e tudo é crime, e é muito grave", diz a delegada.

Ao todo, a polícia cumpriu 16 mandados em 11 cidades goianas.

 


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