19/06/2017 às 09h26min - Atualizada em 19/06/2017 às 09h34min

FICA – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental

O Fica 2017 começa na terça-feira, dia 20, na cidade de Goiás, com uma programação focada no cinema, até domingo, dia 25. Realizado pelo Governo de Goiás há 19 anos, o maior festival de cinema ambiental da América Latina terá oito mostras de cinema com mais de 100 filmes, sendo que 25 deles competirão por uma premiação de R$ 280 mil na mostra oficial.

  O Governo de Goiás também oferece premiação de R$ 130 mil para os 20 filmes que concorrem na Mostra da ABD – Cine Goiás e de R$ 30 mil na Mostra da Saneago. O festival traz ainda os Fóruns Ambiental e de Cinema, programação musical, cursos e oficinas e uma programação paralela diversificada. A abertura do festival será às 20 horas, da terça-feira, no Cineteatro São Joaquim, com o filme Caminho do Mar, dos diretores Bebeto Abrantes e Juliana Albuquerque. O filme faz sua estreia mundial e primeira exibição na cidade de Goiás. A produção fala sobre o Paraíba do Sul, um rio desconhecido e estratégico para o Brasil.​ ​Em 2017 o ​Fica ampliou a oferta de filmes, o número de lugares e as horas de projeção, que serão em DCP (Digital Cinema Package), um padrão internacional que assegura a mais alta qualidade. Além da Mostra Competitiva, Mostra ABD Cine Goiás, Mostra Paralela, Fica Animado, Mostra Infantil de Filmes com áudio-descrição (inclusiva) e da Mostra da UEG, a programação terá uma mostra especial sobre a água em parceria com a Saneago e a Mostra Uranium, em memória dos 30 anos do acidente com o Césio 137. O Fica 2017 terá a presença da atriz Dira Paes, do jornalista André Trigueiro (Globo News), que vai lançar o livro Cidades e Soluções, e de grandes cineastas como José Luiz Villamarim, Eduardo Escorel, Manoel Rangel. O tema Cidades Sustentáveis – Os Desafios do Século XXI será debatido em cinco mesas durante o Fórum Ambiental. O júri da Mostra Competitiva  é composto apenas por mulheres, grandes profissionais como Ilda Santiago, Marília Rocha, Sandra Kogut, Dora Jobim e a norte-americana Michelle Stethenson. Outro destaque na edição desse ano do festival é a Tenda Multiétnica, que reúne povos do Cerrado, seus saberes e tradições. A população da cidade também conta com uma programação especial com o Fica na Comunidade e a 2ª Tenda de Práticas Populares em Saúde, em parceria com a Prefeitura de Goiás. A programação do Fica também tem a parceria de instituições como Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Instituto Federal de Goiás (IFG) e Secretaria do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitano (Secima). O encerramento do festival será com o show Bossa Negra, com o cantor Diogo Nogueira e o instrumentista Hamilton de Holanda. Toda a programação do Fica 2017 é gratuita. O festival é promovido pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce Goiás).
São Joaquim

São Joaquim

Filmes nacionais para todos os gostos no Fica 2017
De volta ao Cineteatro São Joaquim, a Mostra Competitiva do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica 2017) conta com uma lista de 25 filmes na disputa. Entre esses, dez são brasileiros, com quatro goianos entre os representantes nacionais. De 20 a 25 de junho, na cidade de Goiás, os filmes serão exibidos na programação do festival e estarão sob julgamento do público, do júri e da imprensa – que escolhe de forma autônoma o melhor filme. As produções goianas neste Fica trazem uma tonalidade típica da região, como a luta e a garra do povo. Como poderá ser visto no filme Algo do que Fica, do diretor Benedito Ferreira, que fala sobre o césio 137, que este ano chega aos 30 anos do acidente. A obra Da Margem do Rio o Mar é um documentário de 13 minutos que realiza um ensaio reflexivo sobre a beira da rua. O empoderamento feminino é retratado no filme Real Conquista, da diretora Fabiana Assis, que traz uma atualização das técnicas e da linguagem da produção local. O diretor Renné França traz um mundo pós-apocalíptico em um gênero que costuma levar o público aos cinemas – terror, no filme Terra e Luz. Essa obra é retratada na cidade de Goiás e traz criaturas que se assemelham a vampiros, em uma humanidade busca sobrevivência. A extensa lista de filmes brasileiros conta com a participação de diretores de renome nacional e internacional como Simone Cortezão, Márcio Farias e Vicent Carelli. Destaques para Ninguém nasce no Paraíso, de Alan Schvarsberg, vencedor do melhor curta Júri Popular na Mostra Brasília do 48º Festival de Cinema de Brasília, e para Tarja Preta, de Márcio Farias, escolhido como Melhor Curta Nacional no 9º Festival Brasileiro de Cinema, em Penedo, Alagoas.
Confira a lista e a sinopse dos filmes nacionais que estarão na tela do Fica 2017: Filmes goianos – Algo do que Fica (2017, Dir. Benedito Ferreira, Ficção, 23 minutos) Avó e neta estão de mudança da casa onde vivem no centro de Goiânia, ao lado do lote do acidente do Césio 137. Em breve a casa será demolida para a construção de um museu. Enquanto isso, uma estranha presença orbita pela casa. – Da Margem do Rio o Mar (2017, Dir. Rei Souza, Documentário, 13 minutos) Breve filme ensaio sobre a beira da rua. – Real Conquista (2017, Dir. Fabiana Assis, Documentário, 15 minutos) Em Goiânia, no bairro Real Conquista, uma mulher, marcada por um forte passado de violência, luta por melhores condições de vida. – Terra e Luz [Earth and Light] (2016, Dir. Renné França, Ficção, 73 minutos) Em um futuro próximo, o ser humano foi praticamente dizimado por criaturas que se assemelham a vampiros. Neste mundo em que a noite é mortal, um homem tenta sobreviver a qualquer custo, ao mesmo tempo em que tem a chance de recuperar sua própria humanidade. Filmes brasileiros (não goianos) – Subsolos [Underground] (2015, Pernambuco, Dir. Simone Cortezão, Ficção, 31 minutos) “Subsolos” conta a história de um solitário porteiro de uma mineradora que vaga entre funções e oportunidades de trabalho dentro da indústria, e uma mulher que mora na fronteira de uma cava de mineração. Por causa do crescimento da cava, Rita é a última moradora que resiste ao fim do bairro e sobrevive em meio às ruínas. Rômulo, perdido entre grandes paisagens entrópicas e produtivas, decide seguir com o minério rumo a outro continente. – Tarja Preta [Black Label] (2015, Pernambuco, Dir. Márcio Farias, Documentário, 24 minutos) “Tarja Preta” é um curta- documentário sobre uma pequena cidade do interior do Brasil, Itacuruba. Descobriu-se que se trata da cidade com o maior número percentual de pessoas que sofrem de depressão no País. Este projeto tenta através dos moradores, apresentar todas as ligações entre eles, sua cidade e seus medicamentos, para assim compreender melhor o que se passa lá e o que fez esta cidade ficar assim. – Em Torno do Sol [Around the Sun] (2016, Rio Grande do Norte, Dir. Julio Castro e Vlamir Cruz, Ficção, 12 minutos) Em 1989 uma intensa tempestade solar causou o histórico blackout que assolou o Canadá e arredores. Muito Tempo depois o aumento das interferências solares tornou os equipamentos eletrônicos itens obsoletos… o uso de eletricidade é raro na Terra. Obsolescência programada, dependência de energia… convivendo com as escolhas tortuosas dos seus antepassados, Senhor X busca novas possibilidades. – Martírio (2016, Pernambuco, Dir. Vincent Carelli, com co-direção de Tita e Ernesto de Carvalho, Documentário, 162 minutos) A grande marcha de retomada dos territórios sagrados Guarani Kaiowá através das filmagens de Vincent Carelli, que registrou o nascedouro do movimento na década de 1980. Vinte anos mais tarde, tomado pelos relatos de sucessivos massacres, Carelli busca as origens deste genocídio, um conflito de forças desproporcionais: a insurgência pacífica e obstinada dos despossuídos Guarani Kaiowá frente ao poderoso aparato do agronegócio. – Contagem Regressiva (2016, Rio de Janeiro, Dir. Luis Carlos de Alencar, Documentário, 92 minutos) A cidade do Rio de Janeiro foi dilacerada pela realização dos megaeventos. Durante a preparação para os Jogos Olímpicos, toda a já histórica tradição de violência de Estado e terrorismo racial se intensificou na cidade maravilhosa. – Ninguém Nasce no Paraíso (2015, Distrito Federal, Dir. Alan Schvarsberg, Documentário, 25 minutos) No paraíso da ilha de Fernando de Noronha espécies em extinção, como a tartaruga marinha, encontram políticas de preservação. Já a espécie humana encontra-se em risco de extinção diante da proibição de nascimentos na ilha, quando as gestantes são expulsas aos 7 meses de gravidez.   PROGRAMAÇÃO FICA 2017


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