Logo que deixou a casa do "Big Brother Brasil 24", Wanessa Camargo disse ter buscado por "letramento racial". A prática envolve uma espécie de curso, ou palestras, sobre temas diversos e do cotidiano para que os alunos assumam uma postura antirracista. Isso passa pela adequação de uso de termos do vocabulário, quebrar estereótipos, enxergar e reconhecer situações de privilégio de pessoas brancas, e entender como o racismo se manifesta nas estruturas da sociedade até hoje.
Wanessa Camargo, por exemplo, se surpreendeu ao ver cenas do confinamento em que foi apontada como racista. Em entrevista ao "Fantástico", a cantora frisou que tudo não passava de conflitos de convivência, mas que passou a analisar sob uma nova ótica ao estudar os impactos que determinadas frases ditas por ser branca a um homem negro poderiam representar ou causar.
"O que eu reconheci, é que eu sou uma pessoa branca privilegiada e que eu nunca vou saber como algumas palavras que para mim não tem nenhum efeito, podem ter sido sensíveis a outras pessoas. Para mim sempre foi sobre o jogo. Nunca foi nada sobre a cor. Nunca foi. (...) Se isso o machucou, espero que eu tenha a oportunidade de conversar com ele sobre isso e eu preciso recalcular essa rota e entender como eu posso melhorar a minha fala, como eu posso isso com mais carinho da próxima vez, na minha vida como um todo", disse.
O assunto voltou à tona na última segunda-feira, dia 25, quando a artista comentou sobre a briga de Davi e Bin Laden, durante o "sincerão". Um seguidor ironizou a opção da filha de Zezé di Camargo em apagar o vídeo em que pedia desculpas a Davi: "O estudo antirracista já acabou?". E Wanessa respondeu:
"Não, amado. Agora que entendi de fato. Ou vocês, além de não ajudarem a Raquele, também vão tirar a mulher mais foda desse 'BBB' chamada Leidy Elin?", disse Wanessa, citando outras confinadas negras.
Wanessa Camargo foi expulsa do "BBB 24", após Davi dizer que se sentiu agredido por ela, na madrugada de uma festa. A cantora disse que, pelas regras do programa, concordou com a expulsão, mas não considerou o ato justo, considerando "falta de fair play" do baiano, que poderia ter relevado a situação, já que ela não teve a intensão de agredi-lo.