A detenção foi cumprida pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM), enquanto o líder religioso estava em um louvor, no setor Parque Amazônia.
Ele estava sendo investigado por duas denúncias de importunação sexual. A mais recente foi registrada no final de dezembro de 2023, por uma fiel da Igreja Casa.
Segundo a vítima, ela havia procurado o pastor para pedir conselhos, após uma crise no relacionamento.
No decorrer da conversa, Davi teria questionado para a jovem se ela “se tocava” e quando teria sido a última vez.
Passamani também teria enviado um áudio pedindo para que a jovem gemesse e que passasse a mão nas genitálias enquanto ele narrava fetiches que pretendia realizar com ela.
Por fim, o pastor chegou a fazer uma vídeo-chamada, onde teria exibido o pênis para a fiel. Toda a ação teria sido filmada pela denunciante.
Poucos dias após a denúncia vir à tona, ele renunciou ao comando da Igreja Casa, passando a administração do centro religioso para a esposa Giovanna Lovaglio – que entrou com um pedido de divórcio após o escândalo vir à tona.
Um outro caso de importunação sexual foi denunciado pelo Ministério Público no dia 28 de abril de 2020. A ação teria acontecido em janeiro de 2019.
A investigação havia sido arquivada, mas uma nova denúncia foi aberta pelo órgão.
Com a palavra, a defesa de Davi Passamani:
A AUTORIDADE POLICIAL informou verbalmente a este advogado que o motivo da prisão seria o fato de DAVI PASSAMANI estar presente em louvores e isso representa risco à sociedade de ocorrência de possíveis novas vítimas de assédio. Indagada se era somente isso, ela disse que sim. Porém, se negou a entregar a cópia da decisão judicial que fundamentou a prisão, embora tenha certificado sua negativa.
Está prisão, segundo a delegada, está relacionada ao inquérito policial inaugurado no final do ano de 2023 por suspeita de assédio, porém, embora esgotado o prazo de 30 dias para a conclusão dele, a autoridade policial foi omissa e não o concluiu, provavelmente, aguardando o momento oportuno para o espetáculo público. A defesa qualifica as informações contidas nesse inquérito de vazias, lacunosas e genéricas.
Ressalte-se que DAVI PASSAMANI nunca foi condenado criminalmente por tipo penal de assédio sexual e a defesa nega tais acusações. Reafirma-se, mais uma vez, que tudo não passa de uma conspiração para destruição de sua imagem e investida ilegítima de seu patrimônio, ruína financeira, bem como o impedimento de qualquer prática religiosa. No momento estratégico adequado, seus conspiradores, todos eles, serão representados e seus nomes divulgados.
A defesa desconhece qualquer ordem judicial que o impeça de qualquer prática religiosa e não descumpriu ele nenhuma ordem judicial. Providências serão tomadas para a retomada de sua liberdade.
Leandro Silva
Advogado