14/11/2017 às 07h47min - Atualizada em 14/11/2017 às 07h47min

HMI e MNSL abordam sobre importância da equipe multidisciplinar nos cuidados aos prematuros

Teve início nesta segunda-feira (13 de novembro) as atividades da Semana da Prematuridade, realizada pelo Hospital Materno Infantil (HMI) e pela Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), em prol do Dia Mundial da Prematuridade (17 de novembro), que segue até sexta-feira, dia D da causa. Este ano, a campanha recebeu o tema “Nascemos nas melhores mãos” e chama atenção para o trabalho multiprofissional realizado pelas unidades.   A mesa de abertura do HMI foi composta pela diretora geral, Fabiana Negri; diretora técnica, Sara Gardênia; a psicanalista Luciene Godoy; enfermeira Luzia Helena e a neonatologista Rejane Vieira. “O HMI tem uma taxa de prematuridade alta e, proporcionalmente, de mortalidade baixa, isso tudo por conta da nossa equipe multiprofissional. Não são só nossas portas que são abertas, as mãos e braços de cada profissional também são”, elogiou Sara.   Abrindo o ciclo de palestra no HMI, a psicanalista Luciene Godoy falou sobre o método avançado e humanizado de desenvolvimento do prematuro, o canguru. “Voltamos à posição fetal nas maiores dores e prazeres da vida, essa é a posição que o bebê fica quando está preso à mãe pelo canguru”, explica a psicanalista. O método proporciona ao bebê a troca de calor, tato, balanço, escuta dos batimentos cardíacos e tudo que se aproxima da vida uterina, fazendo com que o trauma do nascimento seja suavizado, e assim os bebês apresentam maior desenvolvimento físico, emocional e cognitivo.   Em seguida, a enfermeira Marília Cordeiro abordou os desafios do cuidado do recém-nascido prematuro e a importância do acompanhamento durante todo o ciclo gestacional. Já a coordenadora da psicologia da unidade, Suely Faria, explicou que os seres humanos lidam mal com a antecipação de projetos, em sua palestra sobre “A família prematura”. “Normalmente, percebe-se maior fragilidade nos pais do que nos próprios bebês, pois eles idealizam apresentar ao mundo o recém-nascido logo no primeiro dia de vida, e nessas situações o sonho é frustrado. Esses pais lidam com sentimentos de impotência, angústia e temor cotidianamente”, detalhou a psicóloga.   MNSL Já na MNSL, a abertura da Semana foi realizada pelo coordenador de Pediatria da unidade, Rodrigo Basílio, que discursou aos presentes sobre as habilidades de comunicação com a família prematura. “A comunicação é essencial para se estabelecer uma relação entre médico, paciente e família. É preciso que os profissionais se igualem com as mães no momento de passar informações sobre o bebê prematuro. Em conclusão, é preciso respeito. A partir do momento que há respeito a comunicação é bem feita”, opinou o médico. Em seguida, o pediatra Fábio Pessoa, representando a Sociedade Goiana de Pediatria (SGP) palestrou sobre como cuidar do bebê prematuro. Segundo ele, em um ambiente hospitalar, é preciso ter sensibilidade para tudo aquilo que incomoda os prematuros. “O stress mais tóxico para as crianças é a negligência e o cuidado é o melhor presente”, afirmou.   Para alegrar a programação, o grupo Missão do Sorriso cantou, dançou e realizou dinâmicas com os presentes. E no fim, a psicanalista Luciene Godoy também ministrou ao público da MNSL sobre o tema “Canguruzando”. De acordo com ela, a utilização do método é indicada até os seis meses de vida, mas nos três primeiros é ainda mais importante.


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