Os atletas da vela, ambos aposentados das competições, tem cinco medalhas cada. Rebeca Andrade conquistou duas, mas chega com possibilidades reais de subir ao pódio mais quatro vezes na próxima Olimpíada. Isaquias Queiroz têm quatro no currículo e está focado em conseguir outras, mas sabe que tem uma “rival” muito qualificada nessa disputa.
Esta vai ser a primeira vez que Isaquias chega a uma Olimpíada sem ter feito o ciclo completo de treinamentos e de competições anteriores com Jesus Morlán, técnico que marcou a carreira do atleta e faleceu em novembro de 2018. O canoísta lembra com carinho do técnico, mas está confiante no trabalho que vem sendo feito pelo atual, Lauro de Souza Júnior, ex-assistente de Jesus.
“O Jesus Morlan está todo ali junto com a gente. O planejamento do trabalho é feito em cima do que ele inventou. Muita gente questionava porque o método de treinamento dele funcionava. E os números apareciam. Olha a quantidade de medalhas. E o Lauro, sem dúvida nenhuma, aprendeu muito com o Jesus. Hoje, ele consegue também fazer do jeito dele. Ganhou experiência ao longo dos anos. E não tem o que duvidar do trabalho do Lauro. Em pouco tempo, ele conseguiu fazer eu ser campeão olímpico, mesmo sem a presença do Jesus Morlan em 2021”, disse.
O canoísta também rebateu as críticas sobre o rendimento que teve no ano passado e garantiu que chega bem preparado para Paris.
“O ano de 2023 não foi o ano que todos esperavam, mas foi o que eu esperava. De descanso, de repouso. Vinha de nove anos de títulos mundiais. Tinha uma hora que precisava sossegar. Isso foi bom para o meu corpo e para a minha mente. E muita gente pensando que Isaquias tinha acabado. Pude mostrar agora, na Copa do Mundo, que foi só um descanso. Merecido, pelo o que eu tinha feito pelo Brasil e pela modalidade. E voltei com tudo e espero chegar bem em Paris agora”, projeta Isaquias.
Com informação da Agência Brasil