05/11/2018 às 10h06min - Atualizada em 05/11/2018 às 10h06min
Comércio amplia previsão de vagas temporárias
Mesmo com incertezas, muitos setores se preparam para um fim de ano um pouco melhor e prometem mais contratações para vagas temporárias do que em 2017. A
CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) revisou para cima a projeção de vendas para o Natal e ampliou a possibilidade de contratações na área, de 72,7 mil para 76,5 mil vagas. "Além da menor pressão sobre a inflação em agosto e setembro, o mercado de trabalho registrou os maiores saldos positivos de vagas formais em cinco anos. Naturalmente, com a melhora nas expectativas de vendas, a demanda por trabalhadores temporários no varejo deverá crescer", diz Fabio Bentes, chefe da divisão econômica da CNC. A Assertem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário) prevê a abertura de 434.429 postos temporários em todo o país, 10% a mais do que em 2017, especialmente nos segmentos farmacêutico, alimentício, químico e agroindustrial. Há previsões mais otimistas, como as da Luandre, consultoria que atende 200 das 500 maiores companhias do Brasil. A empresa estima em 30% a alta na na oferta de vagas temporárias, sendo parte na indústria, onde as contratações ocorrem entre agosto e outubro, e no comércio, de outubro para a frente. "Outubro e dezembro são os meses em que o varejo mais contrata, seja para vendas diretas ou para a área de logística", afirma Camilla Ortega, especialista em RH da Luandre. Pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) com 1.168 empresários de comércio e serviços nas 27 capitais do país mostra que as duas áreas devem oferecer 59,2 mil vagas temporárias, acima das 51 mil do ano passado. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados sinalizam uma recuperação gradual da economia e injetam algum otimismo. "Para um país que há pouco tempo fechava postos de trabalho, esse número serve de alento e de oportunidade para muitas pessoas", diz ela. Para quem pretende disputar uma das vagas, Marcia Avelar, diretora da NVH Talentos Humanos, afirma que o trabalhador deve ficar atento ao seguinte roteiro: conferir o calendário de contratações, ter um bom currículo, ficar de olho nas redes sociais e bater perna. Para ela, as redes sociais têm sido o foco dos RHs não só para contratações em postos efetivos, mas também nos temporários. Por isso, diz, é preciso prestar muito atenção ao que se publica na internet. "Uma loja não vai contratar quem acabou de difamá-la na internet ou mesmo fez um comentário preconceituoso ou de ódio", afirma. Thiago Berka, economista da Apas (Associação Paulista de Supermercados), afirma que há setores mais tradicionais, como o de mercados, que não são tão focados nas redes sociais. Nesse caso, o desempenho olho no olho, na entrevista, conta muito. Um diferencial para ser chamado é demonstrar vontade de saber lidar com todo tipo de pessoa, porque por um supermercado passam milhares de clientes diferentes por dia."
Confira dicas para conseguir uma vaga
Fique ligado nas datas Lojas, supermercados e o setor de serviços começam a contratar neste mês. Comércios menores abrem vagas em dezembro Prepare um bom currículo Seja curto, objetivo e direto. Cite as três experiências mais recentes e destaque os cursos que tenham a ver com a vaga
Busque agências Agências de emprego geralmente concentram as vagas temporárias. As agências públicas têm cadastro gratuito e auxiliam na elaboração do currículo
Gaste sola de sapato Andar nas ruas ajuda a encontrar cartazes de vagas. Mantenha a boa aparência e tenha sempre um currículo à mão
Cuide de suas redes sociais Departamentos de RH checam nas redes sociais se o candidato é agressivo ou se difamou a loja na internet
Fique de olho no contrato Temporário tem direitos como carteira assinada e férias e 13º proporcionais. Se informe sobre hora extra, almoço e se deve trabalhar em feriados e fins de semana
33% dos empresários que irão contratar no fim do ano abrirão vagas formais 26% das empresas que abrirão novos postos terão vagas intermitentes por dia ou hora Fontes: NVH, SPC e CNDL