Até sexta-feira (16), o grupo deverá aprovar um documento que será encaminhado aos representantes nas demais trilhas de discussão do G20 e deverá chegar, finalmente, em novembro, aos chefes de estado na Cúpula de Líderes.
Os debates começaram nesta segunda-feira (12), Dia Internacional da Juventude. As reuniões deverão gerar um documento que será entregue aos Chefes de Estado. O grupo é, pela primeira vez, liderado pelo Brasil e conta com 200 representantes internacionais e um público geral estimado em 2 mil pessoas.
As discussões dos próximos dias serão em torno de cinco temas prioritários. Três deles são temas definidos como prioridade para as reuniões do G20 pela presidência brasileira: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; mudanças climáticas, transição energética e desenvolvimento sustentável; reforma do sistema de governança global.
Para além desses temas, foram incluídos outros assuntos que são prioritários para a juventude: inclusão e diversidade, inovação e futuro do mundo do trabalho.
“Os produtos dessa negociação são efetivamente propostas para cada um desses cinco temas e essas propostas apresentam, então, o que são as reivindicações da juventude, o que são as demandas, mas também aquilo que é prioridade para a juventude”, explicou Barão.
Para cada uma dessas pautas, os países definiram delegados que vão representá-los nas discussões. O grupo de cinco jovens da delegação do Brasil, com idades entre 18 e 35 anos, com atuação destacada em cada uma das áreas, foi selecionado a partir de um edital público. Os delegados são: Philippe Silva, Mahryan Sampaio, Daniela Costa, Leandro Corrêa e Guilherme Rosso.
“O Brasil tem a proposta de que esse debate tenha um alcance social e consiga discutir os desafios que são fundamentais para o que vários estudiosos chamam de a gente conseguir adiar o fim do mundo”, disse, o secretário nacional de Juventude do Brasil, Ronald Sorriso, que também participou da coletiva.
Barão espera que o documento final possa trazer a força dos anseios da juventude e que possa transformar a realidade. “O nosso recado foi: nós precisamos de um documento forte. Esse documento precisa representar os anseios e as aspirações da juventude. Enquanto a gente está falando aqui, tem jovem morrendo no nosso país. Tem gente passando fome. Isso não é uma simulação, isso não é brincadeira, isso é muito sério. E pra isso, esse documento precisa ser forte. Pra ser forte, nós precisamos ter unidade e alcançar o consenso”.
O Y20 é realizado oficialmente desde 2010 e é reconhecido como um dos fóruns de mais alto nível de influência internacional e um dos mais importantes do mundo na temática de juventudes. O Y20 busca proporcionar a jovens líderes de todo o mundo a oportunidade de participar como protagonistas dos processos de reflexão sobre questões globais, das discussões e decisões do G20.
O G20, por sua vez, é composto por Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos, além da União Europeia.
Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos por um país) global, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população mundial.
Desde 2008, os países revezam-se na presidência. Esta é a primeira vez que o Brasil preside o G20 no atual formato.
Com informação da Agência Brasil