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06/09/2024 às 08h55min - Atualizada em 06/09/2024 às 08h55min

Égua terapeuta visita quartos de pacientes do HMAP

Equoterapia, abordagem baseada na interação com cavalos, trabalha o fortalecimento muscular, melhoria da postura e coordenação motora, além de proporcionar estímulos sensoriais

Foto: assessoria de imprensa do HMAP
Ela sobe a rampa do hospital de uniforme e “sapatos” confeccionados sob medida. Tudo para levar apoio ao tratamento dos pacientes.  Estamos falando da égua Luziânia, que pertence ao Regimento de Cavalaria Montada da Polícia Militar e que desde outubro de 2022 é um dos animais terapeutas que visita crianças e adultos internados no Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP), unidade pública administrada pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho de 2022.
 
A unidade já recebeu outros animais, mas Luziânia, de 7 anos, é vista como uma das mais mansas da corporação. Também por isso, é convidada a fazer visitas beira leito. A visita acontece em áreas autorizadas pelas equipes médicas. A presença de um animal desse porte ajuda a despertar a curiosidade, sorrisos e muita emoção. Um paciente que está no hospital há 1 mês relata, por exemplo, que estar perto de um animal deste porte foi reviver a infância. “A gente foi criado na roça. Então bate uma saudade boa, né?”, conta. Já outra paciente, de 12 anos, conta que esse contato foi importante para descontrair antes de passar por um procedimento. “É legal, tira o medo”, explica.

 
A equoterapia, uma abordagem baseada na interação com cavalos, tem se mostrado eficiente no fortalecimento muscular, melhoria da postura, coordenação motora e equilíbrio dos pacientes. Também proporciona conexão com os animais e a natureza. Esse entrosamento promove o bem-estar emocional, aumenta a autoconfiança e a autoestima por estimular a socialização e o desenvolvimento cognitivo. “O paciente hospitalizado que vem enfrentando uma doença já tem uma fragilidade emocional importante. Por isso, pequenos gestos fazem toda a diferença no tratamento”, conta Gean Carlos Alves, coordenador multiprofissional do HMAP.
 
A alternativa terapêutica é mais uma iniciativa de humanização proporcionada a pacientes internados no HMAP desde o início da gestão da unidade pelo Einstein. De outubro de 2022 até maio de 2024, cerca de 400 pacientes já foram beneficiados pela ação. Gean explica que o paciente passa, inicialmente, por uma avaliação com equipe multiprofissional que envolve a fisioterapia, terapia ocupacional e psicologia. "Depois dessa triagem inicial, é feita uma nova avaliação, desta vez pela equipe do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, para identificar se o paciente tem algum bloqueio por restrição, por precaução de contato ou precaução por aerossóis”, esclarece. Se não houver nenhuma barreira de segurança, é liberado para participar da visita.
 
 Sobre o HMAP
 
O Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia – Iris Rezende Machado (HMAP) foi inaugurado em dezembro de 2018 e é o maior hospital do Estado feito por uma prefeitura. Administrado pelo Einstein desde junho de 2022, foi construído numa área superior a 17 mil metros quadrados, onde atua com mais de 1.100 colaboradores para o atendimento de casos de alta complexidade, incluindo hemodinâmica e cirurgia bariátrica, além de várias especialidades cirúrgicas e diagnósticas. A estrutura contempla 10 salas de cirurgia e 235 leitos operacionais, sendo 10 de UTI pediátrica, 39 de UTI adulto, 31 de enfermaria pediátrica, e 155 leitos de clínica médica/cirúrgica.
 
Trata-se da primeira operação de hospital público feita pelo Einstein fora da cidade de São Paulo. Nos primeiros seis meses de gestão, as filas de UTI da unidade foram reduzidas consideravelmente e a capacidade de atendimento dos leitos, dobrada. Já as longas filas de espera para cirurgias eletivas foram diminuídas em menos de um ano, feito alcançado graças a iniciativas como mutirões cirúrgicos, que priorizaram demandas urgentes. O tempo de permanência dos pacientes no hospital também foi reduzido de 9,5 para 5 dias. Em relação à mortalidade, em junho de 2022 a taxa era de 15,33% e, seis meses depois, de 3,6%.  


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