Patrocinadora da Expoind - Feira de Fornecedores de Tecnologias e Soluções para a Indústria em Goiás, a Caixa Econômica Federal (CEF) destacou a sinergia entre a instituição financeira e a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) nos esforços de buscar o desenvolvimento da indústria. O segmento responde por 25,5 do PIB brasileiro, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Todos os movimentos que a Caixa faz, seja no sentido de conceder crédito diretamente às indústrias, seja de intermediar benefícios sociais, financiar pessoas físicas, empresas de todos os portes, no final das contas, vai ao encontro de fomentar a indústria local", destacou o superintendente executivo de atacado da CEF no Centro-Oeste, em Minas Gerais e no Espírito Santo, Daniel Bonavita. "De todas as formas, a Caixa está presente na vida das indústrias e não poderia deixar de participar desse evento", completou ele enquanto visitava a feira.
Consolidar a Indústria 4.0 em Goiás foi o objetivo da Expoind, que trouxe 70 expositores com soluções de inteligência artificial, internet das coisas, learning machine, automação e outras inovações para aumentar a competitividade da indústria no Estado. O evento é uma realização da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), com apoio do Sebrae Goiás e promoção da QG Business, e está ocorrendo nos dias 9, 10 e 11 de outubro, no Centro de Convenções da PUC Goiás, com entrada gratuita.
Esta jornada da inovação tem um caminho desafiador a trilhar frente à velocidade do avanço da tecnologia. Dados trazidos pelo Monitor da Indústria 4.0 – Mercado de Automação e Digitação, elaborado pelo Observatório Nacional da Indústria, apontam que Goiás ocupa a 13ª posição no ranking de ativos de inovação em relação a outros Estados. Quando se observa o cenário mundial, o índice de uso das tecnologias industriais é de 7,2% no Brasil, bem abaixo da Europa e dos Estados Unidos.
"A própria história mostra que não é a força que vence, e sim a adaptabilidade, e este é o movimento atual. Se não utilizarmos as ferramentas disponíveis, acabaremos perdendo em produtividade. A Caixa está fomentando a inovação, que certamente repercutirá nos indicadores econômicos e sociais do Estado e do País", salientou Bonavita.
Na avaliação do presidente do Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CDTI) da Fieg, Luciano Lacerda, trazer para perto das pequenas e micro indústrias as soluções e alternativas de inovação, demonstrando que a Indústria 4.0 pode ser realidade para empresas de qualquer tamanho ou segmento, foi um dos principais propósitos da 1ª ExpoInd.
“Em Goiás, quando pensamos as grandes indústrias que temos aqui, principalmente as multinacionais na área de processamento de alimentos e em algumas grandes do segmento agroindustrial, elas já têm bem encaminhada a sua parte de automação, seus processos bem digitalizados, algumas já contam com uso de robotização, especialmente as indústrias do setor automotivo. Portanto, para as grandes empresas a Indústria 4.0 já está na agenda. Já para as pequenas e micro indústrias é um desafio, especialmente pela falta de capacidade de investimento para modernizar seu parque industrial e muitas vezes falta de adesão a uma cultura de inovação”, argumenta o presidente do CDTI.
Para favorecer a cultura da Indústria 4.0, o evento ofereceu mais de 30 palestras gratuitas, voltadas direta ou indiretamente para o tema. Também fez parte da programação a revelação dos vencedores do 1º Prêmio Fieg de Inovação, uma iniciativa do Conselho Temático de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CDTI) da Fieg, com o objetivo de reconhecer e incentivar projetos e esforços bem-sucedidos de inovação que contribuam para o desenvolvimento tecnológico da indústria em Goiás.
Ao todo, 40 projetos foram inscritos em quatro categorias: Inovação de Produto; Inovação de Processo; Inovação em Segurança do Trabalho, Educação e Capacitação; e Startups e Empreendedorismo. A banca examinadora foi composta por representantes de instituições renomadas do ecossistema goiano de inovação, incluindo a Universidade Federal de Goiás (UFG), Sebrae, IEL, Secti, Hub Goiás, Senai e Hub Cerrado. Os projetos inscritos foram avaliados com base em critérios como originalidade, impacto econômico e social, viabilidade, escalabilidade e sustentabilidade.
Além do evento Luciano Lacerda explica que para inserir as indústrias goianas nessa nova era de modernização, a Fieg tem ajudado esse pequeno industrial de várias maneiras. Uma delas é por meio do Instituto Senai de Automação - braço educacional e de inovação do sistema Fieg, que tem hoje um foco muito forte na Indústria 4.0. “Além de toda uma estrutura, com laboratórios modernos, salas de aula e centros de pesquisa, para ajudar as indústrias a fazerem seus projetos, temos também o serviço de assessoria para a captação de fundos, principalmente fundos de subvenção ou reembolsáveis de Finep, ou junto ao BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], Embrapii.
O Senai também já está atuando com a Nova Política Industrial [do governo federal] e hoje trabalha um mapeamento, baseado numa metodologia que veio de Singapura, para avaliarmos qual o grau de maturidade das empresas para a adesão da Indústria 4.0 e com isso aconselhá-las e ajudar nos seus projetos”, explica Luciano Lacerda.