Vídeo mostra criança aparentemente embriagada e ouve-se: "Bebeu a pinga toda"

Criança foi encaminhada a um abrigo. Mesmo que a embriaguez não seja comprovada, responsáveis podem ser penalizados por submeter a criança a uma situação de constrangimento.

Por Felipe Mateus Costa, g1 Goiás
08/04/2025 15h48 - Atualizado há 1 semana

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Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma criança de aproximadamente 4 anos aparentando estar embriagada em uma residência no município de Três Ranchos, sudeste goiano. Nas imagens, a pessoa que grava o momento ri e afirma que a menina teria consumido pinga.

“Bebeu a pinga toda, ó. Tá tonta. Pegou o litro ali e foi embora. Cê é louca (Sic)”, diz um homem ao fundo da filmagem.

O caso está sendo investigado pelas autoridades. De acordo com o Conselho Tutelar, o casal que aparece no vídeo possui a guarda da criança, mas não são os pais biológicos. A conselheira Franciely Rodrigues informou que a relação de parentesco ainda está sendo apurada.


A denúncia chegou ao conhecimento do Conselho Tutelar na última segunda-feira (31). Pouco depois, o vídeo começou a ganhar repercussão nas redes. A Polícia Civil e o Ministério Público foram acionados para acompanhar o caso.

A menina foi submetida a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), mas segundo o perito Olegário Augusto, não foi possível detectar vestígios de álcool no organismo da criança devido ao tempo decorrido desde a gravação. O vídeo teria sido feito no dia 20 de março.

“Com esse intervalo de tempo, já não há mais como detectar álcool no sangue da criança, inviabilizando o resultado do exame”, explicou o perito da Polícia Científica.

Criança está em abrigo

Por determinação judicial, a criança foi encaminhada a um abrigo, onde está recebendo suporte psicológico e social.

“Nossa equipe foi até o local com psicólogo e assistente social. Levamos inclusive alguns itens para o bem-estar da menina”, relatou a conselheira tutelar.

Os adultos que aparecem no vídeo foram ouvidos pela Polícia Civil, mas o conteúdo dos depoimentos ainda não foi divulgado. Mesmo sem a confirmação de embriaguez por exame, os responsáveis podem ser responsabilizados com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) por expor a menor a uma situação degradante e constrangedora.

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