Silvia Barros Marinho, de 55 anos, foi assassinada pelo ex-marido, Valdinez Borges de Oliveira, na manhã desta quinta-feira (24), dentro do supermercado onde trabalhava, na Avenida Perimetral Norte, em Goiânia. Segundo a Polícia Científica, ela foi atingida por quatro disparos: dois no pescoço, um no peito e outro no braço. Após o crime, o autor tirou a própria vida.
O crime aconteceu entre 8h e 9h, em um dos corredores do atacadista. De acordo com a investigação, os tiros foram efetuados à queima-roupa, com uma pistola calibre 765, enquanto Silvia estava de frente para o agressor. Valdinez era funcionário da Comurg e não possuía porte de arma. A pistola usada está registrada no nome de outra pessoa, e a polícia busca entender como ele teve acesso a ela.
Conforme relatos do delegado Carlos Alfama, da Delegacia de Investigação de Homicídios, o feminicídio foi motivado pela não aceitação do fim de um casamento que durou 36 anos. O casal estava separado há cerca de três meses. “Familiares relataram que Silvia já havia desabafado sobre as constantes brigas, embora nunca tenha relatado agressões físicas”, destacou o delegado.
O Atacadão, empresa onde Silvia trabalhava, lamentou o ocorrido em nota oficial. A direção informou que está prestando apoio aos familiares e colaboradores da unidade.
Ainda segundo a Polícia Civil, não havia registros anteriores de violência doméstica envolvendo o casal. O caso agora segue sob responsabilidade da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), que dará continuidade às investigações. A delegada Gabriela Adas está à frente da apuração.
Silvia e Valdinez deixam dois filhos. O crime reacende o alerta para os casos de feminicídio no estado e a importância da denúncia em situações de ameaça, ainda que não envolvam violência física.