10/12/2020 às 18h01min - Atualizada em 11/12/2020 às 20h01min

Justiça acata denúncia e transforma padre Robson e outros 17 em réus

Padre será julgado pelos crimes de organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica, e lavagem de dinheiro A juíza Placidina Pires aceitou denúncia do Ministério Público Estadual e transformou em réu o padre Robson de Oliveira e outras 17 pessoas acusadas de crimes de organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica, e lavagem de dinheiro ofertado por fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (AFIPE). A juíza afirma, na decisão, que o grupo supostamente liderado pelo padre Robson ocultou parte do patrimônio amealhado pela Afipe. O expediente usado teria sido a criação sigilosa de outras associações com o nome fantasia AFIPE, sem o conhecimento de diretores e associados da verdadeira AFIPE. Estas entidades paralelas teriam recebido parte dos recursos doados por fiéis. “Consta da peça acusatória que os outros membros das diretorias e dos conselhos da associação sequer tinham conhecimento da existência de pessoas jurídicas distintas vinculadas à AFIPE”, diz Placidina na decisão. A denúncia do Ministério Público diz que padre Robson, “aproveitando-se de sua oratória e grande carisma”, arrecadou recursos sob o argumento de que o dinheiro seria usado para a construção de uma nova basílica em Trindade. Mas “parte destes valores teria sido utilizada para fins totalmente alheios às finalidades da entidades religiosa, inclusive para o pagamento do despesas pessoais do pároco e para aquisição de imóveis em favor dos familiares dele”. O Ministério Público também diz que a organização desenvolveu métodos de lavagem de dinheiro para ocultar a e dissimular a origem das quantias desviadas da AFIPE. O MP afirma que o padre “determinou a criação, constituição e aquisição de diversas pessoas jurídicas, sempre se valendo do nome de interpostas pessoas – popularmente conhecidas como ‘laranjas’ – para alterar a verdade dos fatos”. São pessoas jurídicas ligadas ao mercado agropecuário, imobiliário, urbanístico, minerador, hoteleiro, radiofônico e televisivo, por exemplo. Além do padre, os outros réus são Rouane Carolina Azevedo Martins, Gustavo Leonardo Naciff do Nascimento, Anderson Reiner Fernandes, Celestina Celis Bueno, Adrianne de Oliveira Pereira, Rodrigo Luis Mendoza Martins Araújo, Onivaldo Oliveira Cabriny Costa Júnior, Gleysson Cabriny de Almeida Costa, José Pereira César, Paulo César Campos Corrêa, Ana Verônica Mendoza Martins, Anderson Mateus Reiner Fernandes, José Celso Pereira, Elice de Oliveira Pereira, Jeferson de Oliveira Pereira e Joselice Oliveira Pereira Carvalho. Fonte: Mais Goiás
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