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Cid: Bolsonaro buscava fraude nas urnas para justificar intervenção

Afirmação foi feita durante audiência de interrogatório da ação penal da trama golpista.

Agencia brasil
09/06/2025 17h14 - Atualizado há 1 semana




O tenente-coronel do Exército Mauro Cid afirmou nesta segunda-feira (9) que o ex-presidente Jair Bolsonaro esperava encontrar uma fraude nas urnas eletrônicas para convencer os comandantes das Forças Armadas a aderirem à tentativa de golpe para reverter o resultado das eleições de 2022.



A afirmação de Cid foi feita durante a audiência de interrogatório da ação penal da trama golpista. Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Cid é primeiro réu do Núcleo 1 da trama golpista a ser interrogado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal do golpe. O militar também está na condição de delator nas investigações.



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Durante o depoimento, Cid disse que Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, ex-ministro do governo e vice na chapa de 2022, esperavam encontrar uma fraude nas urnas para justificar uma intervenção militar no país.



Por esse motivo, segundo Mauro Cid, o ex-presidente pressionava o general Paulo Sergio Nogueira, ex-ministro da Defesa, a insinuar que não era possível descartar a possibilidade de fraudes na votação eletrônica.




"A grande expectativa era que fosse encontrada uma fraude nas urnas. O que a gente sempre viu era uma busca por encontrar fraude na urna. Com a fraude na urna, poderia convencer os militares, dizendo que a eleição foi fraudada e, talvez, a situação mudasse", declarou.






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Em 2022, Nogueira enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um parecer técnico para afirmar que não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência.



Os militares faziam parte da comissão de transparência criada pelo próprio TSE para fiscalizar as eleições.



Por volta das 16h45, o interrogatório de Mauro Cid foi suspenso para o intervalo. O depoimento deve prosseguir até as 20h.



Interrogatórios



De hoje a sexta-feira (13), Alexandre de Moraes vai interrogar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Braga Netto e mais seis réus acusados de participarem do "núcleo crucial" de uma trama para impedir a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o resultado das eleições de 2022.



Confira a ordem dos depoimentos:




  1. Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

  2. Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

  3. Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

  4. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;

  5. Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;

  6. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;

  7. Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

  8. Walter Braga Netto, general do Exército e ex-ministro de Bolsonaro.




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-06/cid-bolsonaro-buscava-fraude-na-urna-para-justificar-intervencao
FONTE: https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-06/cid-bolsonaro-buscava-fraude-na-urna-para-justificar-intervencao
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