21/10/2021 às 16h28min - Atualizada em 21/10/2021 às 16h36min

Goiânia vista do alto

A cidade, que completa 88 anos no próximo dia 24, tem uma extensão cujo fim não se enxerga e edifícios cada vez mais altos, preparados para favorecer a visão panorâmica da beleza urbana da capital goiana, que se tornou objeto de desejo dos goianienses Goiânia e seu vasto horizonte. Chegando aos 88 anos, aquela pequena cidade, planejada para 50 mil habitantes, ficou para trás há muito tempo. Hoje, com mais de 1,5 milhão de moradores, a capital se expandiu e ampliou seus limites, cujo fim já não é possível enxergar, e para o alto, com edifícios cada vez mais altos, chegando a abrigar um dos dez prédios mais altos do País, segundo dados do Skyscraper Center, da ONG internacional Conselho de Edifícios Altos e Habitat Urbano.O crescimento, porém, não eliminou a paisagem natural pois, mesmo com o crescimento, mantém o título de cidade mais arborizada do Brasil dentre os municípios com mais de um milhão de habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com 89,5%. É justamente essa vista que tornou-se tão admirada pelo goianiense, que cada vez mais valoriza acordar, abrir a janela e contemplar do alto o pôr do sol e o azul do céu. Olhar a paisagem do parque e relaxar. Sentir a brisa no peito. Observando esse comportamento, incorporadoras têm apostado em design e arquitetura de seus edifícios, para favorecer que a contemplação faça parte do dia a dia dos moradores. “Já morei no setor Bueno em um andar muito alto que tinha um visual do parque Areião que era muito bonito, principalmente no nascer do sol. Também já morei no Setor Oeste, na região da praça do Sol, também em andar mais alto e tinha uma vista muito bacana, porque eu via muito o céu e a praça do Sol, que está toda revitalizada. Hoje moro em um lugar que tem uma vista muito bonita do Setor Sul, com sol nascente. Sempre busco um local para me proporcionar tais experiências”, compartilha o arquiteto Victor Tomé. Ele, que assina os prédios da City Soluções Urbanas, procura levar essa experiência também para seus projetos: janelas e portas de vidro favorecem a iluminação e contemplação, o posicionamento de pilares nas extremidades elimina obstáculos que possam atrapalhar a visão. Muitos de seus residenciais permitem uma visão de 180 graus para o horizonte, tais como o City Vogue Lago das Rosas, na Alameda Lago das Rosas, Epic City Home no Parque Vaca Brava e o Legacy City Home com vista para o Parque Areião. “Temos o privilégio de ter sol o ano inteiro e devemos aproveitar esse presente da natureza e abraçar o ambiente externo”, diz. Ele lembra que, ao longo dos andares do edifício, há experiências interessantes de contemplação. “Cada lugar tem o seu espetáculo. As vistas mais baixas são as mais próximas das ruas da cidade e das copas das árvores. As do meio do prédio, é possível ver um pouco das ruas e um pouco do céu. Já a vista dos andares mais altos é para aqueles que querem ter o que eu chamo de ‘vista do céu’”, pontua.
Passado diferente A paisagem, contudo, nem sempre foi um fator expressivo para os moradores de condomínios verticais. No início da verticalização, na década de 1970, a população enxergava os últimos andares com desconfiança. Havia medo de faltar energia, e ser preciso subir de escadas. O elevador não era tão eficiente. Situado na Rua 3, no setor Central. O Edifício Rural, um dos primeiros prédios construídos na capital, é um reflexo desse comportamento. Em sua arquitetura, os dois últimos pavimentos - o 13º e o 14º - foram reservados para os apartamentos de 60 m², menores e mais baratos. Enquanto os pavimentos abaixo destes eram destinados aos apartamentos mais imponentes, exclusivos e de alto padrão, com 160 m². Victor Tomé lembra, por sua vez, que hoje a tecnologia faz com que os elevadores sejam mais eficientes. Os prédios também tem gerador de energia para suprir momentos de queda.
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