Orgulho do povo goiano, sua riqueza ambiental e cultural foi imortalizada nos símbolos maiores do Estado. A bandeira, as armas e o hino do Estado, tanto o original quanto o novo, exaltam a natureza exuberante aqui encontrada desde a chegada dos bandeirantes indo até o rompante desenvolvimento industrial e agropecuário.
A bandeira de Goiás foi criada no governo do presidente Dr. João Alves de Castro, pelo goiano Joaquim Bonifácio de Siqueira, segundo a Lei nº 650 de 30 de julho de 1919. É formada por quatro pares de listras horizontais, verdes e amarelas, alternadas, representando, assim como na bandeira brasileira, as matas e a riqueza do ouro aqui encontrado. No canto superior esquerdo há ainda um retângulo azul, no qual repousam cinco estrelas, representando o Cruzeiro do Sul.
As Armas de Goiás foram projetadas por Luiz Gaudie Fleuri e, após algumas modificações, adotadas pelo governo do presidente Dr. João Alves de Castro, conforme a Lei nº 650 de 30 de julho de 1919. A figura central é composta de um coração, representando a posição central do Estado no coração do país, cingido por anéis que representam, horizontalmente, as três bacias principais do Estado – Amazônica, Platina e Francisca – e, verticalmente, os 12 principais rios do Estado que correm para o sul: S. Marcos, Veríssimo, Corumbá, Meia Ponte, Bois, Claro, Vermelho, Corrente, Aporé, Sucuri, Verde e Pardo.
Na parte superior do coração há uma paisagem que representa o meio rural, com a silhueta bovina, denotando o potencial agropecuário goiano. Aliás, a capacidade agrícola é expressa ainda pelos ramos fumo, milho, arroz, café e cana-de-açúcar que ladeiam e encimam a figura central do brasão. A parte inferior é composta pela bateria do garimpeiro e a chama do fogo com a qual Bartolomeu Bueno assustou os índios ameaçando conseguir por fogo nas águas do rio. O cometa de Biela figura na parte inferior esquerda do coração representando o Rio Araguaia e à direita um vermelho sobre campo amarelo, representando por um losango o ouro aqui encontrado.
Existem duas versões do Hino de Goiás. A primeira delas foi criada em conjunto com a bandeira e as armas estaduais, em 1919, com letra de Antônio Eusébio de Abreu e música de Custódio Fernandes Góis, promulgada pela Lei nº 650 de 30 de julho daquele ano. Em 2011, o governador Marconi Perillo promulgou a Lei º 13.907 de 21 de setembro, instituindo uma nova versão de autoria de José Mendonça teles e melodia de Joaquim Jayme.
Hino de Goiás (2001) Letra: José Mendonça Teles Música: Maestro Joaquim Jayme Santuário da Serra Dourada Natureza dormindo no cio, Anhanguera, malícia e magia, bota fogo nas águas do rio Vermelho, de ouro, assustado, foge o índio na sua canoa. Anhanguera bateia o tempo: - Levanta, arraial Vila Boa! Terra querida fruto da vida, recanto da paz. Cantemos aos céus, regência de Deus, louvor, louvor a Goiás! A cortina se abre nos olhos outro tempo agora nos traz. É Goiânia, sonho e esperança, É Brasília pulsando em Goiás. O cerrado, os campos e matas, a indústria, gado, cereais. Nossos jovens tecendo o futuro, poesia maior de Goiás! A colheita nas mãos operárias, benze a terra, minérios e mais: - O Araguaia dentro dos olhos me perco de amor por Goiás! Terra querida, fruto da vida recanto da paz. Cantemos aos céus regência de Deus, louvor, louvor a Goiás! Hino de Goiás (1919) Letra: Antônio Eusébio de Abreu Música: Custódio Fernandes Góis No coração do Brasil, Domínio da primavera, Se estende a terra goiana, Que nos legou Anhanguera. O bandeirante, atrevido, Desbravador do sertão, em cada pedra abalada, Deixou da audácia um padrão. Em cada pico azulado, No dorso da serra erguido, Recorda a lenda encantada De algum tesouro escondido. Outrora a terra, esquecida, Mas sempre augusta no porte, Viveu a lei do destino, Vergada aos lances da sorte. Depois, volvida, alentada Do grato influxo estafante Do vil metal reluzente, Tornou-se Estado possante. E hoje, estante, orgulhosa, No labutar do progresso, Riquezas , dons naturais Ostenta em vasto recesso. Este céu tão estrelado, Este solo tão fecundo Parecem provar destino De ser o solar do mundo. Este clima salutar, Esta brisa embalsamada, Noite e dia, são cantadas Nos trinos das passaradas. Seus lindos bosques nativos, Orlando campos e montes, Ao sol ocultando c'a sombra, A clara tinta das fontes. Buritizais alinhados, Quais batalhões da natura, Ali defendem co'os leques, Da chã leveza e frescura. De sul a norte, afinal, Da natureza no arquivo, A fauna, a flora se enlaçam Em doce amplexo festivo. Este solo que pisamos Hoje, em fraternal abraço, É berço da liberdade, Da Pátria Amada um pedaço. Outrora fora o retiro Dos filhos do Mucunana; Mas hoje a terra, exaltada, É a nossa Pátria Goiana. Goianos, nobres, altivos, Da liberdade alentados, Jamais consentem que os touros Da Pátria sejam pisados. Cantemos todos, unidos, Da liberdade a vitória. Mais um padrão ajuntemos Aos faustos da nossa história. Salve plêiade cintilante De patriotas goianos Que em sulcos e bênçãos pátrias Conquistam louros, ufanos. Desperta além, mocidade, A voz do grande ideal De fazer Goiás fulgir No vasto Brasil Central. Viva o Brasil respeitado, Como Nação Soberana. Viva o progresso encetado Na bela terra goiana.