O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou na Polônia nesta sexta-feira (25) para acompanhar de perto os esforços internacionais para ajuda aos refugiados da guerra da Ucrânia e para conversar pessoalmente com as tropas americanas alocadas no leste da Europa, junto às forças da Otan.
A primeira ação do presidente americano foi encontrar com militares na área do aeroporto da cidade de Rzeszów, onde recebeu um briefing sobre a resposta humanitária para ajudar os civis que se abrigam dos ataques russos na Ucrânia e para responder ao crescente fluxo de refugiados que fogem do país.
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Em discurso, Biden elogiou a bravura dos civis ucranianos e reforçou a ideia de que os riscos da guerra na Ucrânia se estendem além do próprio país, definindo o conflito como um teste às democracias, podendo ter ramificações globais.
“A questão é: quem vai prevalecer? A democracia vai prevalecer e os valores que compartilhamos? Ou as autocracias vão prevalecer? Isso é realmente o que está em jogo”, disse.
De lá, Biden seguiu à capital polonesa, Varsóvia, para conversar com o presidente Andrzej Duda. Já no sábado, é esperado que ele faça um discurso definido pela Casa Branca como “importante”. A Polônia tem a expectativa de que a visita do líder americano reforce as garantias de segurança de que a Otan defenderá “cada centímetro de território aliado”.
Em fala a repórteres na última quinta-feira, em Bruxelas, Biden reafirmou o compromisso de que “os Estados Unidos irão garantir que é uma peça importante para lidar com a realocação de todas essas pessoas, bem como a assistência humanitária necessária dentro e fora da Ucrânia”.
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O governo polonês espera também levantar a possibilidade de uma missão internacional de paz envolvendo tropas estacionadas em território ucraniano, ideia já proposta anteriormente. A caminho da Polônia, o Conselheiro de Segurança Nacional americano, Jake Sullivan, disse que o país “está fazendo um planejamento de contingência para a possibilidade de que a Rússia escolha atacar o território da OTAN nesse contexto ou em qualquer outro”.
“E o presidente foi o mais claro possível sobre sua determinação absoluta de responder de forma decisiva, ao lado dos outros membros de nossa aliança, se a Rússia atacar a Otan”, disse Sullivan a repórteres, completando que os Estados Unidos consideram aplicar novas sanções para conter a invasão russa.
A crise no Ministério da Educação e a capa de VEJA desta semana sobre a aliança Lula-Alckmin são os destaques desta sexta