A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) abriu um inquérito para apurar o vazamento de um vídeo em que o vereador Gabriel Monteiro (sem partido) e uma jovem de 15 anos aparecem tendo relações sexuais. No decorrer de terça-feira (29/3), pelos menos outros 5 vídeos íntimos do deputado vazaram, e em pelo menos três deles as mulheres demonstram que não queriam ser gravadas.
Após o vazamento do conteúdo, o parlamentar e a jovem de 15 anos procuraram a 42ª DP (Recreio) para registrar o caso. Em depoimento, a adolescente afirmou que a relação sexual entre os dois foi consensual, informação esta que foi confirmada pela mãe.
O deputado estadual Giovani Ratinho (Pros), parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio, afirmou ter recebido diferentes vídeos em que o vereador aparece tendo relações sexuais. Ele registrou queixa na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).
Gabriel nega ter sido o autor do vazamento. Na Câmara de Vereadores do Rio, ele afirmou que já registrou queixa. “Tem RO (registro de ocorrência) feito por mim apontando duas pessoas como possíveis indicados e vou trabalhar para mostrar que sou vítima nesse caso”, disse o vereador.
Em reportagem veiculada pelo Fantástico no domingo (27/3), Gabriel Monteiro foi denunciado por cinco servidores e ex-funcionários por assédio moral sexual e até estupro. Gabriel também é visto forjando gravações em seus vídeos no YouTube, como tiroteios ou ajudando a uma criança carente, em benefício de sua imagem.
Um funcionário contou, sem se identificar, que era obrigado a cumprir expediente na casa de Gabriel, onde presenciou cenas constrangedoras. Ele diz: “A gente ficava ali na frente e várias vezes ele foi na parte da frente da varanda da casa, e em outros cômodos a gente já viu também, com o órgão sexual para fora. E se vangloriando do tamanho do pênis. E mesmo se masturbando na frente de toda a equipe.”
Procurado pelo Fantástico, o vereador negou irregularidades. “Eu não cometi estupro contra ninguém. É mais uma tentativa de acabar com Gabriel Monteiro”. Sobre as agressões e xingamentos, ele diz que tem relações “praticamente” familiar com os funcionários.