22/04/2022 às 13h06min - Atualizada em 22/04/2022 às 13h06min

“Fui vítima de agressão”: padre Robson fala pela 1ª vez após processo

Em pronunciamento oficial, padre afirma que "verdade vencerá" e diz que passou por constrangimento e humilhação

Em uma live pelas redes sociais, o padre Robson de Oliveira fez um pronunciamento no início da tarde desta quinta-feira, 21.

A aparição do eclesiástico ocorreu após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar um recurso do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e manter o arquivamento da investigação iniciada em 2018, tornada pública um ano depois durante a Operação Vendilhões e trancada pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) em 2020.

No vídeo, o padre Robson comentou sobre as investigações que ocorreram a respeito do religioso envolvendo transações financeiras durante a gestão dele na presidência da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), entre 2004 e 2019.

Ele disse que está rezando pelos que o difamararam e o caluniaram. “Desde já, eu vos perdoo, mas espero que parem com essas perseguições", disse, relatando que há exatamente um ano e oito meses foi alvo de mandados de busca e apreensão e contou como foi a abordagem.

"Fui acordado no início de uma manhã com um grupo de pessoas entrando no meu quarto, revirando gavetas, mexendo nas minhas coisas pessoais e invadindo a minha privacidade sem nenhum escrúpulo. Não esperaram nem que eu vestisse as minhas roupas", descreveu o padre.

Ele falou na live que nunca foi ouvido sobre as acusações e descreveu a situação como "desnecessária" e "humilhante". O religioso disse que recebeu apoio dos seus pares e seguiu as orientações dos seus superiores. "O silêncio que eu mantive até agora, foi por obediência ao meu superior religioso, que achou que assim deveria ser.

Sendo assim, resignado, aguentei calado as diversas formas de investidas contra mim", afirmou.

O padre disse que era e continua sendo inocente e que nunca deveria ter passado pelos constrangimentos proporcionados pelas investigações. "A casa onde eu moro, o veículo que eu uso, o dinheiro que eu recebo para o básico, até o advogado que me defendeu foi proporcionado pelo meu grupo religioso. Da mesma forma que tudo o que eu administrei era e continua sendo da Afipe", defendeu.

"Saber investir de maneira inteligente, criativa, bem assessorada, para o benefício e crescimento de uma obra como essa é saber usar bem os talentos confiados por Deus, não enterrá-los com mediocridade, como diz a própria palavra de Deus. Isso nunca foi crime", falou completando que o método utilizado foi da baixaria, misturada com mentiras e desonestidade nas informações. “Tentaram enganar, inclusive, a imprensa livre, pilar de nossa liberdade democrática", disse.

Para concluir a transmissão, o padre Robson falou ainda que nesse tempo de provação, foi o Pai Eterno e as suas sinceras e fervorosas orações que o mantiveram de pé, sereno e forte. “Agradeço por tanto. Centenas de milhares de mensagens de solidariedade e apoio que tenho recebido desde o ocorrido”, agradeceu.

“É notório que as pessoas entenderam que isso não passou de um triste episódio montado para tentar macular um trabalho que tem sido conduzido com amor, honestidade e empreendedorismo. Peço as suas mais sinceras orações por todos esses que tentaram contra mim e contra esta obra de evangelização”, concluiu o padre.


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