Balé Folclórico da Bahia retoma as apresentações

Foram mais de dois anos sem atividades por causa da pandemia. Sem recursos, o balé quase fechou, mas a solidariedade fez a companhia resistir. Depois de quase fechar as portas durante a pandemia, uma das principais companhias de dança da Bahia renasceu.
O som dos atabaques está de volta. Foram mais de dois anos sem atividades por causa da pandemia. Sem recursos, o balé quase fechou, mas a solidariedade fez a companhia resistir.
“É o renascer, né. O Balé Folclórico passou por muitas situações complicadas ao longo desses 34 anos, mas nunca enfrentamos uma situação tão difícil como essa agora”, conta Vavá Botelho, fundador e diretor do Balé Folclórico da Bahia.

Depois de quase fechar as portas, o balé folclórico retoma não só a rotina de ensaios e apresentações. Pela primeira vez em 34 anos, a companhia sai de sua sede e vai até comunidades de Salvador com oficinas do que sabe fazer de melhor. E dessa forma que busca, não só dar oportunidade aos jovens, mas também buscar descobrir novos talentos para ganhar os palcos do Brasil e do mundo.
Vagner Santana comanda as aulas. Um jovem que um dia também sonhou em brilhar nos palcos do bale folclórico.
“É ser multiplicador da arte, né. É ser multiplicador. É você passar o que você aprendeu. Quando você se predispõe a estar na frente da sala de aula, de milhares de pessoas, você tá ali, representando aquelas pessoas que estão ali pra você ensinar”, ressalta o bailarino.
Ensino e aprendizado que extrapolam os palcos.
“Isso acaba um pouquinho com a questão da invisibilidade. Você vê a pessoa que tá na periferia vai prestar atenção e dizer assim: o Balé Folclórico da Bahia é meu. O balé folclórico da Bahia está olhando pra mim. O Balé Folclórico da Bahia não é nada impossível na minha vida”, relata o coreógrafo e diretor artístico José Carlos Arandiba, o Zebrinha.
E quando o sonho vira realidade tão rápido? Com o Ed foi assim... Depois de quatro dias de oficina, veio o convite.
“É uma energia diferente. É como se fosse uma segunda família da gente. Tudo o que eu sempre queria na minha vida”, conta o dançarino Edvan Santos.
Na volta aos palcos, a beleza de corpos que sintonizam dança, capoeira, canto e teatro pra compor cenas inspiradas em aspectos populares, mas que trazem questões contemporâneas.
“É realmente uma alegria muito grande a gente estar de volta com a casa cheia, o público vibrando, com os nossos amigos presentes. Estamos vivos, estamos de volta e isso é só o começo”, finaliza Vavá Botelho.


Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/04/30/bale-folclorico-da-bahia-retoma-as-apresentacoes.ghtml