04/06/2022 às 11h11min - Atualizada em 04/06/2022 às 11h11min

Após polêmica com sertanejos, MP questiona shows em 29 cidades

Gusttavo Lima chegou a ter um show cancelado por prefeito e outro pela Justiça. Caso começou após críticas à cantora Anitta

O Ministério Público questiona a realização de shows de 29 prefeituras, em 6 estados do país, após a polêmica que começou com a crítica do cantor sertanejo Zé Neto, da dupla com Cristiano, à cantora Anitta e à Lei Rouanet.

Os valores dos eventos, que chegaram a R$ 1,2 milhão, como a apresentação de Gusttavo Lima na cidade de Conceição do Mato Dentro (MG) – que foi cancelada – , são investigados pelo órgão.

Veja outros eventos cancelados e investigados:

  • São Luiz (RR) – Vaquejada com Gusttavo Lima com cachê de R$ 800 mil e outros shows
  • Magé (RJ) – Aniversário da cidade com Gusttavo Lima com cachê de R$ 1 milhão e outros shows
  • Teolândia (BA) – CANCELADO – Festa da Banana com Gusttavo Lima com cachê de R$ 700 mil e outros shows
  • Mossoró (RN) – Festa Junina com Wesley Safadão com cachê de R$ 600 mil e Xand Avião com cachê de R$ 400 mil e outros shows
  • Conceição do Mato Dentro (MG) – CANCELADO – Festa com Gusttavo Lima com cachê de 1,2 milhão e Bruno & Marrone com cachê de R$ 520 mil e outros shows
  • Mato Grosso – 24 cidades: Gaúcha do Norte, Porto Alegre do Norte, Figueirópolis D’Oeste, Sorriso, Nortelândia, Salto do Céu, Alto Taquari, Novo São Joaquim, Nova Mutum, Sapezal, Canarana, Acorizal, Brasnorte, Água Boa, São José do Xingu, Vera, Barra do Garças, Juína, Querência, Bom Jesus do Araguaia, Santa Carmem, Matupá, Nova Canaã do Norte e Novo Horizonte do Norte.
 

Polêmica

No último dia 12 de maio, durante um show em Sorriso (MT), o cantor Zé Neto ironizou a “tatuagem no toba” de Anitta e disse que ele não era artista que dependia da Lei Rouanet. Após a crítica, ele virou alvo nas redes sociais, onde foi apontado que, apesar de atacar o projeto, o sertanejo faz apresentações com verbas de prefeituras.

A partir disso, surgiu um debate sobre as críticas à Lei Rouanet, cujos projetos passam por vários critérios e controles, e os shows pagos pelas prefeituras, feitos sem licitação. Nas redes sociais, a discussão ganhou bastante espaço e ganhou até a hashtag #CPIdoSertanejo.


 


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