Caso Valério Luiz: Conduta de jurado que passou mal no júri será investigada

O juiz Lourival Machado da Costa determinou, em caráter de urgência, que seja investigada a conduta do jurado que passou mal durante júri popular do caso Valério Luiz.

Na decisão, assinada na quarta-feira (15/6), o magistrado classifica o fato como uma "grave ocorrência", o que acabou adiando o julgamento para dezembro.  

O jurado passou mal na madrugada de terça-feira (14), quando teria sofrido uma intoxicação alimentar após comer alimentos com lactose, mesmo sendo intolerante. Ele estava em isolamento em um hotel de Goiânia e acabou deixando o local em busca de medicação. 

 

"O jurado, sem comunicar ao oficial de justiça encarregado de manter a incomunicabilidade, evadiu-se do hotel, o que resultou na necessidade de dissolução do conselho de sentença e encerramento dos trabalhos da sessão de julgamento iniciada no dia 13 de junho", escreveu o magistrado no ofício. 

 

Na manhã de terça-feira, segundo dia de julgamento, o jurado comunicou ao juiz que passava mal. Foi atendido por um médico, que atestou sua impossibilidade de continuar no julgamento. O júri só será retomado no dia 5 de dezembro. 

O cronista esportivo Valério Luiz foi morto a tiros em 5 de julho de 2012, quando saía do trabalho em uma rádio no Setor Serrinha, em Goiânia. Maurício Sampaio, então vice-presidente do Atlético-GO, é acusado de ser o mandante. Comentários negativos feitos por Valério Luiz em relação ao time e ao então vice-presidente do clube teriam motivado o homicídio. 

 

Os outros réus no processo são Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, indiciado como autor dos disparos; e Urbano de Carvalho, Djalma Gomes da Silva e Marcus Vinícius Pereira Xavier, apontados como articuladores do assassinato.