22/06/2022 às 09h21min - Atualizada em 22/06/2022 às 09h21min

Ex-ministro e pastor goiano são presos em operação que investiga corrupção no MEC

Operação cumpre mandados em Goiás, no DF, SP e PA. A suspeita é de uso de influência para liberação de verbas públicas no MEC

Globo

O ex-ministro Milton Ribeiro e o pastor goiano, Gilmar Santos, estão entre os presos na operação da Polícia Federal que investiga corrupção e tráfico de influência para liberação de verbas públicas no Ministério da Educação (MEC).

Além deles, o pastor Arilton Moura também foi detido por suspeitas dos mesmos crimes. As prisões ocorreram nesta quarta-feira (22), durante a Operação Acesso Pago.

Ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Pará, além de medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados.

Segundo as apurações, os envolvidos utilizavam a influência no Ministério para conseguir iberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao MEC. As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal. As investigações estão sob sigilo.

Gabinete paralelo: entenda a polêmica do lobby de religiosos no MEC

Em março, o jornal “Folha de S. Paulo” divulgou áudio em que mostra um suposto “gabinete paralelo” no Ministério da Educação. Em conversa gravada e obtida pela reportagem, o ministro Milton Ribeiro diz atender uma solicitação do presidente Jair Bolsonaro e que o Governo Federal prioriza prefeitos cujos pedidos de liberação de verba foram negociados com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que teria pedido 1 kg de ouro para liberar dinheiro no MEC.

“Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do [pastor] Gilmar […] porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender todos os que são amigos do pastor Gilmar”, afirma o ministro em conversa entre os religiosos e alguns prefeitos.

Em nota emitida à época, o ministro da Educação negou que o presidente Jair Bolsonaro tenha pedido atendimento preferencial a prefeituras apadrinhadas por pastores. Ribeiro afirmou ainda que todas as solicitações feitas à pasta são encaminhadas para avaliação da área técnica.

Após a polêmica, Gilmar disse nas redes sociais que “um dia faz declaração a outro dia”. “Aqui está o mesmo pastor Gilmar Santos para falar e viver a verdade. Este servo, que Deus sempre usou para ministrar a palavra, a cura e a inspiração […] meus amores, fiquem em paz em nome de Jesus. Meu abraço ungido para vocês”, afirmou no vídeo sem mencionar o suposto esquema no Ministério da Educação.

 


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