08/07/2022 às 14h28min - Atualizada em 08/07/2022 às 14h28min

Produção de milho volta a crescer em Goiás

Abertura da Colheita do Milho Safrinha, realizada em junho, em Rio Verde: Previsão é de crescimento de 22,8% na safra 2021/2022, em relação à anterior

Após dificuldades climáticas enfrentadas na safra 2020/2021, milho 2ª safra tem recuperação no atual ciclo e deve alcançar 8,3 milhões de toneladas em Goiás. Estado deve figurar em quarto lugar no ranking nacional

A produção de milho 2ª safra deve alcançar a marca de 8,3 milhões de toneladas no ciclo 2021/2022, em Goiás, conforme nova previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no 10º Levantamento da Safra publicado nesta quinta-feira (07/07). A quantidade representa aumento de 22,8% em relação ao ciclo anterior, quando foram produzidas 6,8 milhões de toneladas de milho 2ª safra.

A área plantada aumentou de 1,65 milhão de hectares (20/21) para 1,74 milhão de hectares (21/22), representando variação positiva de 5%. Ao mesmo tempo também houve incremento da produtividade, passando de 4.100 quilos por hectare, no ciclo passado, para 4.795 quilos por hectare na atual safra - aumento de 17%.

O resultado positivo deve contribuir para que a safra total de milho neste ciclo - 1ª e 2ª safras - alcance total de 10,2 milhões de toneladas, o que representa aumento de 20,7% em relação à safra anterior. Caso a previsão se confirme, Goiás deve ocupar o quarto lugar no ranking nacional de produtores de milho.

Embora não seja o maior registro no Estado da produção de milho 2ª safra, a previsão da Conab estima que o total produzido no país seja de recorde nacional com 88,4 milhões de milho 2ª safra (115,6 milhões de toneladas considerando a produção total no ciclo). A recuperação em vista do ciclo passado se dá, segundo a Companhia, pelas boas condições climáticas registradas nas regiões produtoras até o momento.

Investimento na produção regional
Em Goiás, é observado também o aumento do investimento por parte de produtores na safra de grãos, sobretudo nas lavouras de soja e milho (culturas que são geralmente intercaladas na produção de 1ª e 2ª safra, respectivamente). 

Somente no mês de junho, nas três reuniões da Câmara Deliberativa do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (CDE/FCO), foram aprovadas 371 cartas-consultas na modalidade Rural, das quais 283 de propostas para investimentos nas lavouras de grãos, incluindo aquisição de máquinas e implementos, benfeitorias, correção de solo, irrigação, entre outros itens a serem financiados.

As cartas analisadas pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) também apontam que o valor aprovado para investimentos nestas lavouras foi de quase R$ 350 milhões, apenas no mês de junho, chegando a R$ 690 milhões no acumulado do ano (do total de R$ 942,5 milhões aprovados na modalidade rural).

Outros grãos
Ainda segundo a Conab, neste novo levantamento, a estimativa é de que Goiás produza 28,1 milhões de toneladas de grãos na safra 2021/2022, aumento de 14,2% em relação ao ciclo anterior. A soja deve ser o grão mais produzido no Estado, com estimativa de colheita de 16 milhões de toneladas na atual safra (aumento de 10,2% em relação à safra passada).

O Estado também apresenta crescimento na produção de outras culturas como sorgo, que deve chegar a 1,2 milhão de toneladas (+35,7%); trigo, com 175,5 mil toneladas (+35,7%); girassol, com 39 mil toneladas (+95%); e algodão total com 124,8 mil toneladas (+6,3%).

Outras culturas
Também foi divulgada nesta quinta-feira (07/07), a atualização do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (LSPA/IBGE). Os dados apontam destaque para a cultura da cana-de-açúcar no Estado, com produção de 75,3 milhões de toneladas na safra 2022 (aumento de 3,6% em relação ao ano passado), posicionando Goiás como terceiro maior produtor nacional.

Outras produções cujo crescimento foi destacado pela atualização do levantamento do IBGE são o cultivo de frutas, como uva (1,7 mil toneladas - aumento de 13,5%); café arábica (17 mil toneladas - aumento de 3,9%) e laranja (158,6 mil toneladas - aumento de 1,9%). 


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