11/07/2022 às 22h59min - Atualizada em 12/07/2022 às 00h00min

Universidade e servidores se unem para combater desperdício de dinheiro em obras paradas no Tocantins

A ação é feita em escola de ensino profissional e em outras obras públicas, como postos de saúde, hospitais, feiras.

G1 Brasil
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A ação é feita em escola de ensino profissional e em outras obras públicas, como postos de saúde, hospitais, feiras. Universidade e servidores se unem para combater desperdício em obras paradas no TO
No Brasil todo, quase 7 mil obras públicas estão paradas. Algumas por erros de planejamento, outras tantas por problemas burocráticos ou ainda por corrupção. No Tocantins, universidade e funcionários públicos se uniram para combater o desperdício do dinheiro dos cidadãos.
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Era para ser uma escola pública de ensino profissional para mais de 1 mil alunos, mas não passou do concreto. A obra, com orçamento de R$ 15 milhões, começou a ser construída há dez anos e foi abandonada ainda na primeira fase.
Agora, um projeto do Tribunal de Contas e do Instituto Federal do Tocantins tenta evitar ainda mais desperdício de dinheiro público na obra. Professores, alunos e auditores fazem vistorias para avaliar as falhas do projeto e propor soluções.
“Essa obra, por exemplo, ela está paralisada no estágio estrutural inicial. Então nós vamos identificar se a estrutura ainda está apta a continuar, se ela precisa de alguma intervenção, algum reforço estrutural para dar continuidade”, explica o auditor do Tribunal de Contas do Tocantis Eduardo Valim.
“Um dos diagnósticos que a gente está fazendo é exatamente a estimativa da vida útil da peça de concreto armado. Em alguns pontos, está vida útil já foi exaurida. Ela que teria uma estimativa de 50 anos para acontecer, por conta das condições de exposição que a estrutura se encontra, ela já foi desgastada”, afirma o professor Moacyr Salles, do Instituto Federal do Tocantins.
A ação é feita nessa obra e em outras obras públicas como postos de saúde, hospitais, feiras. O trabalho dos professores, alunos e auditores do Tribunal de Contas não termina na obra: todo o material coletado e analisado em campo é levado para o laboratório do Instituto Federal.
A iniciativa não é apenas para obras paradas. O asfalto usado em projetos de pavimentação, em andamento, também passa por essa fiscalização.
“Nós fazemos ensaios de resistência desse material para saber se esse material tem resistência suficiente para o tráfego, para os veículos que estão trafegando sobre ele”, diz Flávio Vieira, coordenador do laboratório.
Após as análises, gestores e empreiteiras são notificados a resolver os problemas. Quando não há providências, o caso vira processo. O projeto tem resultados positivos recentes: uma escola de tempo integral, que estava com obras paralisadas desde 2014, agora está pronta para beneficiar 1,5 mil alunos.
“Essa é uma matéria, uma aula muito importante que eu vejo que dá para gente pegar tudo aquilo que tem em sala, aplicar dentro do campo e cumprir o nosso papel de cidadão”, diz o aluno de engenharia Marcos Miguel Alves Cunha.
“O tribunal ganha, porque ele tem condição de ter esse apoio, que fortalece o relatório de auditoria. Os alunos ganham, porque eles veem na prática como é que funciona os ensaios e , principalmente, a sociedade, porque tudo o que nós queremos é que essa obra retome e que seja entregue”, relata o auditor Thiago Dias, do Tribunal de Contas do Tocantins.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/07/11/universidade-e-servidores-se-unem-para-combater-desperdicio-de-dinheiro-em-obras-paradas-no-tocantins.ghtml

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