Investimentos somam R$ 42 milhões. Iniciativa, inédita na capital, se destina a mulheres em situação de vulnerabilidade, e repassa R$ 1.800 parcelados em seis meses.
Na solenidade realizada na Escola Municipal Professor Percival Xavier Rebelo, na Vila Novo Horizonte, foram entregues 1.288 cartões, já creditados com a primeira parcela. “Mais do que assistência, programa possibilita autonomia a moradoras tão afetadas pela pandemia, muitas delas inseridas em um quadro de dependência e de violência doméstica”, destaca prefeito
O prefeito Rogério Cruz encerrou, na manhã desta segunda-feira (18/07), as entregas dos cartões referentes à quarta e última etapa do programa Renda Família +Mulher. Em solenidade realizada na Escola Municipal Professor Percival Xavier Rebelo, na Vila Novo Horizonte, 1.288 mulheres foram contempladas com o benefício de R$ 1.800.
Cada beneficiária recebe o auxílio dividido em seis parcelas de R$ 300, creditadas no dia 10 de cada mês. O valor é destinado à compra de alimentos e itens de higiene pessoal. Rogério Cruz frisou que o repasse é de fundamental importância para garantir dignidade no dia a dia de goianienses em situação de vulnerabilidade. “O que para alguns é pouco, a estas pessoas significa comida na mesa”, pontuou.
No encerramento do programa, Rogério Cruz parabenizou a equipe da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), “que tanto se empenhou nos cadastros tendo em vista atender o maior número de mulheres nas quatro etapas”.
O prefeito lembrou, ainda, o ineditismo da iniciativa que, com a última entrega, atende a mais de 23 mil famílias. “Investimos R$ 42 milhões neste programa que, mais do que assistência, possibilita autonomia a mulheres tão afetadas pela pandemia, muitas delas inseridas em um quadro de dependência e de violência doméstica”, argumentou.
Uma vez que o cartão é entregue com a primeira parcela já creditada, Cruz orientou as participantes quanto aos procedimentos para o uso. “Vocês já podem sair daqui e ir ao mercado, mas antes, precisam ativar o cartão pelo número impresso aí no verso”, explicou. O prefeito recomendou, também, cuidado com a segurança do cartão, como senha e danos que impossibilitem a utilização.
Dirigindo-se a um público composto, majoritariamente, por mulheres responsáveis pelo sustento da família, a secretária municipal de Políticas para as Mulheres, Tatiana Lemos, ressaltou a importância do benefício. Segundo ela, “quando o programa foi idealizado, fizemos uma busca ativa que nos permitisse identificar as mulheres que realmente estavam em situação de vulnerabilidade, em condições agravadas pela pandemia”.
Tatiana ressaltou que as mulheres foram especialmente afetadas pelo cenário pandêmico, uma vez que “precisaram sair de seus empregos para cuidar da família, o que diminuiu substancialmente a renda mensal”. Outro problema pontuado pela secretária foi o agravamento da violência doméstica, consequência da dependência financeira. “O programa, então, permite a autonomia para que a mulher saia desse ciclo de agressões”, ressaltou.
Para isso, Tatiana mencionou os cursos gratuitos de capacitação disponibilizados pela prefeitura, “que possibilitam o retorno ao mercado de trabalho com qualidade e viabilizam a luta pela independência financeira”.
Beneficiárias Camila Gomes de Almeida, de 26 anos, tem duas filhas e foi uma das mulheres goianienses a sair do emprego para cuidar das crianças. “Estava passando por muitas dificuldades. O cartão vai ajudar muito nas despesas, a comprar alimento para casa”, afirmou.
É a mesma situação de Flávia Rodrigues Vieira, de 32 anos, que é mãe solo e está desempregada. Segundo ela, “o benefício vai aliviar um pouco as minhas dificuldades e me ajudar a comprar o leite do meu filho, assim que sair daqui”.
Histórico O programa Renda Família +Mulher teve início em setembro de 2021, como uma evolução do Renda Família, beneficiando mulheres residentes na capital, em situação de vulnerabilidade. Desde então, foram quatro etapas de entrega dos cartões, realizadas em dezembro, fevereiro, abril e julho.
Ao todo, foram investidos R$ 42 milhões no programa que atende mulheres enquadradas nas seguintes situações: -Perderam o emprego e renda.
-Trabalhadoras informais, autônomas e microempreendedoras individuais.
-Mulheres recém-saídas de abrigamentos.
Mulheres com medidas protetivas em situação de abrigamento.
-Mães solo (inteiramente responsáveis pela criação dos filhos, sem ajuda do pai, a partir de 16 anos de idade).
Com as entregas finalizadas nesta segunda-feira, mais de 23 mil famílias foram beneficiadas com o benefício de R$ 1.800 creditados em seis parcelas de R$ 300. O valor é destinado à compra de itens alimentícios e de higiene. Deste modo, além da autonomia financeira, fomenta o comércio local.