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05/08/2022 às 23h25min - Atualizada em 06/08/2022 às 00h01min

Casal de jornalistas larga tudo e prova que é possível conciliar agricultura e restauração da Mata Atlântica

Luiz Ricardo Alves e Grici Faria são donos de 30 hectares em São José do Barreiro, em São Paulo. No final de 2021, eles fecharam um contrato de preservação para crédito de carbono.

G1 Brasil
https://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2022/08/05/casal-de-jornalistas-larga-tudo-e-prova-que-e-possivel-conciliar-agricultura-e-restauracao-da-mata-atlantica.ghtml

Luiz Ricardo Alves e Grici Faria são donos de 30 hectares em São José do Barreiro, em São Paulo. No final de 2021, eles fecharam um contrato de preservação para crédito de carbono. Casal de jornalistas larga tudo e prova que é possível conciliar agricultura e restauração da Mata Atlântica
O Globo Repórter de sexta-feira (5) percorreu florestas brasileiras para mostrar brasileiros empenhados em restaurar o que as motoserras e as queimadas destroem. Como os jornalistas Luiz Ricardo Alves e Grici Faria. Há dez anos, eles resolveram mudar de ares: deixaram a cidade e se mudaram para um sítio de 30 hectares em São José do Barreiro, em São Paulo. O casal cercou a área para evitar que os animais voltassem a pastar na região e pisoteassem as fontes de água.
“A gente resolveu cuidar dele e fazer as coisas da forma que a gente acredita, com sustentabilidade, com manejo, respeitando a natureza”, conta Luiz.
Os jornalistas Grici Faria e Luiz Ricardo Alves
Globo Repórter/ Reprodução
Mas foi no final de 2021 que eles fecharam um contrato de preservação para crédito de carbono. Cada tonelada de gás carbônico retirada da atmosfera equivale a um crédito, e um crédito está valendo mais ou menos R$ 60. É como um produto comprado e vendido no mercado nacional e internacional.
“O carbono é aquele elemento químico do qual todos nós somos formados. Ele existe na natureza em quantidade. Esse carbono na atmosfera, junto a outros gases do efeito estufa, cria aquele efeito de cobertor”, explica Adriana Kfouri, administradora TNC, uma organização não governamental que participa de projetos para proteção do planeta.
O projeto do crédito de carbono dura em torno de 30 anos. Luiz Ricardo explica como funciona:
“Nos primeiros cinco anos, uma ajuda deles para cuidar do entorno, preservar a cerca. É um dinheiro pequeno: R$ 300 por hectare/ano. Mas ajuda. Do décimo até o trigésimo ano, esse crédito é 100% nosso”, diz.
Para que tudo fosse feito de forma profissional, o Luiz e a Grice procuraram a TNC. Por sua vez, a ONG trabalha com uma grande empresa de comércio pela internet, que decidiu compensar o carbono que emite todos os dias. Estava formada uma parceria - que floresce a olhos vistos.
“A agricultura bem feita não apenas não degrada, como ela recupera, ela entende os limites do solo para a produção em certas condições e não impede que a vegetação nativa se restabeleça numa área que não é do interesse da produção agropecuária”, afirma Pedro Brancalion, professor da ESALQ/ USP.
Há dez anos, eles deixaram a cidade e se mudaram para um sítio de 30 hectares em São José do Barreiro, em São Paulo
Globo Repórter/ Reprodução

Fonte: https://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2022/08/05/casal-de-jornalistas-larga-tudo-e-prova-que-e-possivel-conciliar-agricultura-e-restauracao-da-mata-atlantica.ghtml

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