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26/10/2022 às 12h49min - Atualizada em 26/10/2022 às 12h49min

Mulheres são 90% dos alunos em turma de robótica da Escola do Futuro do Estado de Goiás (EFG) Luiz Rassi

Participação feminina corresponde a 90% da turma montada na Escola do Futuro Luiz Rassi, em Aparecida de Goiânia. Atividade busca integrar ensino de ciência, tecnologia e inovação ao mercado de trabalho

De 30 jovens com idade entre 16 e 18 anos que integram a turma do curso de robótica na Escola do Futuro do Estado de Goiás (EFG) Luiz Rassi, 27 são mulheres, o equivalente a 90% do grupo. O curso é uma das atividades oferecidas na unidade da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), do Governo de Goiás, localizada em Aparecida de Goiânia.

A aluna Raíssa Costa entrou no grupo sob influência do professor Pedro Henrique Santana. Ele desenvolve um projeto de iniciação científica na escola onde ela estuda atualmente. “Quando comecei a fazer oficina de robótica e tive contato com montagem e programação, percebi que a robótica era um campo de estudo que podia me proporcionar boas experiências”, comenta.

“O resultado nos surpreendeu e mostra que o público feminino está cada vez mais interessado em ciência e inovação”, destaca o diretor da unidade, Vinicius Oliveira Seabra Guimarães. O gestor explica que a iniciativa se consolidou após uma série de visitas realizadas pela equipe da EFG Luiz Rassi a escolas estaduais da região. “Falamos sobre o grupo de robótica e sobre os diversos cursos que oferecemos gratuitamente. Muitos manifestaram disposição em participar e se matricularam”, relembra.

Daniele Khalil também está entre as alunas que se interessam por robótica e enxergam nessa oportunidade um futuro para sua carreira profissional. “Eu estou amando principalmente por envolver programação. Aprendo cada vez mais sobre componentes eletrônicos que usamos no dia a dia e sou desafiada a resolver e desenvolver alguns projetos. Quero continuar estudando nessa área e fazer outros cursos que envolvem eletrônica e programação”.

Um dos objetivos do grupo é preparar os alunos para as famosas maratonas de programação, conhecidas no mundo geek como hackathon. “É uma forma de integrar o ensino às ações de Stai [Serviços Tecnológicos e Apoio à Inovação] e Steam [acrônimo em inglês para as disciplinas Science, Technology, Engineering, Arts e Mathematics – Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática]”, detalha o diretor.

“A robótica aplicada no dia a dia e ligada ao mercado de trabalho tem chamado a atenção das nossas alunas. Muitas delas já percebem habilidades para áreas distintas, como mecânica, elétrica ou programação”, comemora o diretor, ao citar que, hoje, um programador em home office pode obter rendimentos de cerca de R$ 10 mil mensais.

Iron Cup
Raíssa Costa e Daniele Khalil, junto com as alunas Andrea Victória, Bianca Borges e Isabella Toledo, fazem parte da equipe que representou a Escola do Futuro Luiz Rassi na Iron Cup 2022. Com o suporte dos professores Pedro Henrique Santana e Vitor Cerqueira, elas desenvolveram o robô Targaryen, que competiu na modalidade Seguidor de Linha.

Para Andrea Victória, a participação do grupo no Iron Cup foi uma forma de adquirir novas habilidades e interagir com equipes de outros Estados. “O grupo de robótica nos proporciona muitas experiências. No futuro quero continuar investindo em mais conhecimento e novos projetos de robótica”.

A competição de robótica foi realizada entre os dias 14 e 16 de outubro, em Santa Rita do Sapucaí, Minas Gerais. O evento reuniu cerca de 500 competidores, divididos em 38 equipes de São Paulo, Minas, Rio de Janeiro, Goiás, Espírito Santo e Santa Catarina. Mais de 200 robôs participaram de disputas em 13 categorias nas modalidades: Combate, Sumô, Seguidor de Linha, Robô Trekking e Futebol.

Atividades
As aulas do grupo de robótica são ministradas duas vezes por semana, nas quartas e quintas-feiras, no período noturno, das 19h às 21h, na sede da EFG Luiz Rassi, que fica na Rua Rainha Elisabete, no Jardim Buriti Sereno. O responsável pela atividade é o coordenador do Stai, Vítor Vinícius Gomes Cerqueira.

Os Stais buscam atender às demandas do setor produtivo, local e regional, sustentado em um tripé de atuação: linhas de ambientes de inovação; atividades de pesquisa e desenvolvimento; e prestação de serviços tecnológicos.


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