O ministro Alexandre de Moraes determinou que o economista Marcos Cintra Cavalcanti de Albuquerque, ex-secretário da Receita Federal e candidato à vice-presidente na chapa de Soraya Thronicke (União Brasil), preste depoimento à Polícia Federal em até 48 horas.
Além disso, a suspensão de seu Twitter foi determinada.
De acordo com o magistrado, “Marcos Cintra utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais”, escreveu Moraes em sua decisão.
Em caso de descumprimento, o Twitter terá que arcar com multa de R$ 20 mil.
No sábado (5), Cintra publicou na rede social uma sequência de postagens em que levantou dúvidas sobre a integridade das urnas eletrônicas. Nas publicações, é dito que os questionamentos sobre o sistema eleitoral são legítimos.
— Há outras centenas, senão milhares de urnas com votações igualmente improváveis. Curiosamente, não há uma única urna em todo o país onde o Bolsonaro tenha tido 100% dos votos. E se há suspeita em uma única urna, elas recaem sobre todo o sistema — declarou Cintra.
Para ele, haveria benefícios caso o voto impresso fosse adotado “sem o prejuízo das vantagens da digitalização”, visto que o certificado do voto em papel afastaria duvidas sobre a “integridade do sistema”.
Ainda segundo o economista, a impressão descartaria esses “casos aparentemente inexplicáveis” de urnas sem votos computados. Ao final, cobrou medidas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), frisando não acreditar que o Tribunal seja “cúmplice”, mas que se tornará caso não busque atuar sobre os questionamentos em torno das urnas eletrônicas.
Leia a íntegra dos tweets: