O Magazine Luiza registrou um prejuízo líquido de R$ 166,7 milhões no terceiro trimestre deste ano, indo na contramão do lucro de R$ 143,5 milhões reportado no mesmo período do ano passado. O resultado foi pior do que o esperado pelo mercado, que aguardava uma queda de R$ 86 milhões para a varejista.
No mercado de ações, a situação também está desfavorável ao Magalu, que despencou 27,92% na última semana. Somente na sexta-feira (11), as ações da companhia caíram mais de 13%, em meio a uma incerteza econômica que fez o Ibovespa diminuir 5% em cinco dias.
A empresa dos Trajano perdeu R$ 9,6 bilhões nesse curto período, de acordo com dados do TradeMap. A título de comparação, a quantia se aproxima do valor de mercado da Embraer, que até o fechamento do último pregão, valia R$ 10,4 bilhões.
De acordo com analistas do mercado financeiro, os dados apontam que a queda da inflação no Brasil ao longo dos últimos meses não foi suficiente para dar fôlego às vendas do setor varejista, o que prejudicou o Magalu.
“O crescimento modesto nas vendas e melhora pouco significativa na lucratividade indicam que o caminho de recuperação do setor denota ser longo”, disseram Régis Chinchila e Luis Novaes, da Terra Investimentos.
“Agora, a perspectiva é mais realista, e os investidores projetam uma recuperação a longo prazo, contando com potenciais melhores números no varejo no próximo ano e taxas menores na segunda metade de 2023”, destacam.
Apesar do cenário de instabilidade, o Magazine Luiza tem a expectativa de aumentar suas vendas no fim do ano, principalmente por causa da Copa do Mundo, que começa no dia 20. Novembro também terá outra data importante para o comércio: a Black Friday, prevista para o dia 25.