12/11/2022 às 18h07min - Atualizada em 12/11/2022 às 18h07min

"O agro pode fazer mais por Goiás", diz Ana Paula Machado, empresária do setor e filha do ex-governador Iris Rezende, ao defender contribuição sobre produção agropecuária

Apoio vem após o governo estadual apresentar projeto que cria o Fundeinfra. Destinação do recurso será exclusiva para obras, especialmente de pavimentação e manutenção de rodovias

O projeto do Governo de Goiás de criar um Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), com aporte sobre comercialização de produtos agropecuários e minérios, recebeu o apoio da empresária do setor Ana Paula Rezende Machado Craveiro, filha do ex-governador de Goiás e ex-prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado.
 

"O agro pode fazer mais por Goiás", destacou em artigo publicado neste sábado (12/11). A família dela tem propriedades rurais em Goiás e Mato Grosso, onde produz soja, milho e também cria gado. 

Ana Paula disse que acompanha o desenrolar do projeto e afirma estar "surpresa" com o fato de entidades se posicionarem contra a matéria. "Como empresária do agro, me senti no direito de participar deste debate", afirmou. “Aprendi, convivendo de perto com meu pai, que governos precisam assegurar recursos para o financiamento das despesas de gestão. Sem uma arrecadação justa, é impossível fazer frente às necessidades da população”, frisou. 


“Em Goiás, mantenho a esperança que o agronegócio também esteja disposto a somar esforços com o governador diante do grande desafio que é a manutenção de direitos básicos e do compromisso com a parcela mais vulnerável do povo goiano”, continuou. 

O projeto de lei que cria o Fundeinfra já foi encaminhado à Assembleia Legislativa e prevê a contribuição do setor agropecuário e de minérios, no limite de 1,65% sobre a comercialização de alguns produtos como soja, milho, cana de açúcar e carne exportada. Produção de leite, feijão e arroz, por exemplo, não contribuem, assim como agricultura familiar e pequena produção também não entram no auxílio ao fundo. 

A contribuição é facultativa e condicionante para acesso a benefícios fiscais do Estado. A destinação do recurso será exclusiva para obras que atendem o agro, como pavimentação e manutenção das rodovias goianas, construção de pontes e outras.

“O chamado do governador ao setor rural goiano é para caminharmos juntos em nome do bem comum. De forma democrática, ele tem levado a cada entidade a mensagem de que o futuro de Goiás depende do agronegócio, setor que sempre recebeu diversos incentivos em pesquisa, extensão e linhas de crédito. E nenhum político levantou mais a bandeira do agro (e angariou conquistas) que Ronaldo Caiado nas últimas décadas, sobretudo quando o segmento era alvo até de preconceito”, lembrou Ana Paula. 

A estimativa do Governo de Goiás é arrecadar, via Fundeinfra, até R$ 1 bilhão, o que vai garantir investimentos que ficariam prejudicados em função de um quadro de crise fiscal, provocado pela redução da alíquota de ICMS na comercialização de combustíveis, energia elétrica e de outros, com impacto previsto de R$ 5 bilhões para o Tesouro Estadual. “Todos sabem, o governador busca com essa iniciativa recompor o caixa do Estado, bastante prejudicado pela interferência de políticas de cunho eleitoreiro”, ressaltou Ana Paula em seu texto. 

A empresária lembrou ainda que o agronegócio é a força motriz da economia goiana e que, junto com o setor, o governo goiano coloca à mesa um modelo inédito de gestão de recursos públicos, onde o valor arrecadado irá para um fundo gerido em forma de parceria com representantes do agro. A exemplo do que ocorre em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde fundos semelhantes existem há mais de 20 anos e a administração pública conta com apoio do segmento. 


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