26/11/2022 às 22h34min - Atualizada em 27/11/2022 às 00h00min

Festa Literária Internacional de Paraty completa 20 anos e tem edição mais feminina de sua história

A francesa Annie Ernaux, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura 2022, é uma das escritoras que participam da edição deste ano, que voltou a ser presencial após dois anos online.

G1 Brasil
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A francesa Annie Ernaux, vencedora do Prêmio Nobel de Literatura 2022, é uma das escritoras que participam da edição deste ano, que voltou a ser presencial após dois anos online. Festa Literária Internacional de Paraty completa duas décadas
A Festa Literária Internacional de Paraty completa duas décadas. É a Flip mais feminina da história.
São diferentes olhares, interesses. As ruas de pedra de Paraty refletem a diversidade. Leitores e escritores de vários lugares do país se encontram no local.
“Fazer conexões, que eu acho que é o mais importante, né?”, afirma a professora Maynara Pascoal.
Maynara é fã de Cidinha da Silva, escritora mineira que elabora um diálogo entre as tradições afro e o mundo de hoje.
“É enriquecedor para a gente saber o que as pessoas estão sentindo e pensando a partir daquilo que você escreveu, né?", diz Cidinha.
A escritora argentina Camila Sosa Villada também chega com histórias do seu próprio universo, o de uma mulher trans. Ela conta que veio de uma família pobre de camponeses, enfrentou dificuldades para escrever e precisou de trabalho e sorte para alcançar o sucesso.
Na pequena Paraty são os livros que movem o vai e vem de pessoas. A Festa Literária Internacional completa 20 anos com uma virada: em 2003, os escritores homens dominavam. Hoje, a Flip tem quase três vezes mais escritoras e uma delas é a vencedora do Prêmio Nobel de Literatura 2022.
A francesa Annie Ernaux arrebatou os jurados da academia sueca com a história real de um aborto clandestino que fez quando jovem, na França. Annie, que tem 20 livros publicados, conta que descrever o momento mais cruel que viveu para milhões de leitores foi a única forma de encontrar sentido para todo o sofrimento que passou.
O sofrimento também está presente na obra potente de Maria Firmina dos Reis, homenageada da Flip. A primeira romancista brasileira negra, abolicionista, contou 200 anos atrás os horrores da escravidão.
“Maria Firmina dos Reis é uma mulher maranhense, é um mulher que representa esse Brasil que é plural, universal e precisa ser narrado por várias vozes”, ressalta a escritora Calila das Mercês.
Depois de dois anos da Flip online, os leitores voltaram para lotar os auditórios e celebrar a cultura.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/11/26/festa-literaria-internacional-de-paraty-completa-20-anos-e-tem-edicao-mais-feminina-de-sua-historia.ghtml
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