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19/01/2023 às 23h41min - Atualizada em 20/01/2023 às 00h00min

Trecho improvisado onde ponte caiu na BR-319 é afetado pela cheia de rios e preocupa motoristas no AM

No trecho sobre o Rio Curuçá, uma balsa foi colocada para servir de ponte improvisada para os veículos, mas travessia começou a ficar difícil com a cheia dos rios no Amazonas.

G1 Brasil
https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/01/19/trecho-improvisado-onde-ponte-caiu-na-br-319-e-afetado-pela-cheia-de-rios-e-preocupa-motoristas-no-am.ghtml

No trecho sobre o Rio Curuçá, uma balsa foi colocada para servir de ponte improvisada para os veículos, mas travessia começou a ficar difícil com a cheia dos rios no Amazonas. Cheia dos rios preocupa quem trafega em áreas onde pontes caíram na BR-319, no AM
O trecho onde uma ponte caiu na rodovia BR-319, começou a ser afetada pela cheia dos rios no Amazonas. O impacto da subida do nível das águas foi notada na região onde uma estrutura foi montada para passagem de motoristas sobre o Rio Curuçá.
Na queda da ponte sobre o Rio Curuçá, no fim de setembro de 2022, quatro pessoas morreram e uma ainda está desaparecida. Em um trecho da rodovia, uma balsa foi colocada para servir de ponte para os veículos.
Mas para os motoristas, é preciso esperar para conseguir passar devido ao acesso estreito. O comerciante Antônio Avelino contou que já perdeu parte do para-choque do carro ao passar pelo trecho. Ele informou que costuma fazer pelo menos seis viagens por dia pela ponte.
"A água sobe, aí na balsa a dificuldade fica muito grande e não tomam providências. O pessoal que tem que tomar providências", afirmou o comerciante.
A cabeceira da ponte já foi retirada na região do Rio Curuçá e os destroços ainda estão no meio do rio. A grande preocupação da população é com a subida das águas. Atualmente, a área está aterrada, mas há alguns dias, o cenário estava diferente.
Carros tem enfrentado água antes de subir e depois de descer da balsa. O nível do rio sobe rápido e já é possível ver a água brotando no aterro feito há menos de um dia.
No Rio Autaz Mirim onde outra ponte caiu há cerca de dois quilômetros do Rio Curuçá, a travessia foi improvisada com uma pista aterrada. A força da água já passa pelo bueiro e chegando ao outro lado do rio.
Para quem trabalha fazendo transporte, a estrutura feita para dar acesso rápido aos veículos precisa ser revista, como afirma o taxista Atealdo Caetano.
"É muito perigoso. Quebra o motor do carro, cria muito problema para a gente. Só dá prejuízo para a gente", afirmou.
O agricultor Valfride Caldeira tem um sítio na região da BR-319 e não quer passar por mais transtorno na estrada. "Eu não sei como que vai ser isso aí, mas tem que melhorar. Provavelmente vai parar", finalizou.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que segue monitorando a situação de subida do Rio Curuça, em decorrência das chuvas, para garantir a fluidez do tráfego e a segurança dos usuários.
Autarquia informou, ainda, estuda a contratação de uma balsa também para a travessia na Autaz Mirim.
Queda das pontes
As duas pontes desabaram na rodovia federal - a principal via de acesso terrestre do Amazonas para outras regiões do país, em um intervalo de dez dias:
No dia 28 de setembro, a ponte sobre o Rio Curuça despencou, deixando quatro mortos e mais de 10 feridos. Uma pessoa segue desaparecida.
Já no dia 8 de outubro, a apenas 2 quilômetros do local onde ocorreu o acidente, a ponte sobre o Rio Autaz Mirim desabou poucas horas após ser interditada. Ninguém ficou ferido.
Ponte sobre Rio Curuçá desabou em trecho da BR-319, no Amazonas
Ruthiene Bindá/Rede Amazônica
Prejuízos
Além de afetar mais de 100 mil pessoas, a queda das pontes vinha provocando desabastecimento de alimentos e remédios em três cidades do Amazonas: Careiro da Várzea, Careiro - conhecido como Careiro Castanho - e Manaquiri.
"A minha moto ficou embaixo de um pé de mangueira do outro lado, porque aqui o acesso ainda não foi liberado. Mas é difícil tu subir e descer barranco. Não é fácil. Estou bem cansada", disse a técnica de enfermagem Rosa Maria, que precisa atravessar a ponte sobre o Rio Autaz Mirim.
"Era pra ter sido mais rápido, até porque estou com um problema de saúde e preciso fazer tratamento, enfrentando o sol. Uma hora dessas era pra eu estar em casa. Triste a situação", lamentou a agricultora Maria Socorro, que precisa fazer a travessia no trecho do Rio Curuçá.
*Com informações de Daniela Branches, da Rede Amazônica
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Fonte: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2023/01/19/trecho-improvisado-onde-ponte-caiu-na-br-319-e-afetado-pela-cheia-de-rios-e-preocupa-motoristas-no-am.ghtml

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