A jovem Thais Medeiros, de 25 anos, que foi parar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por conta de uma reação alérgica após cheirar pimenta, em Anápolis, apresentou melhora no quadro respiratório nesta terça-feira (28).
Segundo o boletim divulgado pela Santa Casa de Anápolis, as últimas atualizações de exames apresentaram estabilização da pressão arterial.
De acordo com o hospital, Thais “apresentou melhora de quadro respiratório, com ablactação de parâmetros ventilatórios, e de medicações sedativas e de estabilização da pressão arterial”.
A jovem não apresentou febre nas últimas 24 horas e ainda foi submetida a uma nova tomografia de crânio, onde também apresentou melhora do edema cerebral. O boletim ainda informou que a paciente iniciou o desmame de parâmetros ventilatórios e está em desmame de medicações sedativas.
Thais está internada em estado grave desde o dia 17 de fevereiro.
Entenda a reação
De acordo com o namorado de Thais, Matheus Lopes de Oliveira, a jovem estava almoçando na casa dele, na Vila Jaiara, em Anápolis, quando passou mal. "Ela estava com meus pais na cozinha e entraram em assunto de pimenta. Então ela passou a pimenta no nariz e cheirou, então a garganta dela começou a coçar e logo em seguida ela já foi perdendo as forças e a levamos para o hospital", explicou.
Conforme a alergista e imunologista Lorena de Castro, “alergia a pimenta é extremamente rara, mas tem relatos na literatura [médica]”. “Ela entra no que chamamos de especiarias e alguns outros alimentos estão nesse conjunto, como a noz moscada, pimenta preta, da jamaica, canela, especiarias que podem causar algum tipo de alergia”, detalha.
Além da pimenta, especiarias que a alergista menciona como comuns de despertarem alergias são o curry e a noz moscada. Como as pimentas vêm de plantas, os componentes alérgicos são derivados das proteínas vegetais destes alimentos. “Neste caso, é importante a detecção da alergia para evitar o risco de reação cruzada com outros tipos de alimentos vegetais”, explica a médica.