No Sudoeste e na W3, por exemplo, o preço do litro do insumo chegou a R$ 5,76, R$ 0,51 a mais que no dia anterior, quando era cobrado R$ 5,25.
Em um posto em Ceilândia, o motorista precisa desembolsar R$ 6,19 por litro caso opte por pagar no crédito. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, o aumento médio do litro da gasolina previsto é de R$ 0,60 na bomba, valor superior ao reajuste previsto anunciado pelo governo federal na terça (28/2), de R$ 0,34 em relação à reoneração.
No Nordeste, eterno reduto petista, os preços também dispararam e o aumento no preço do combustível começou a ser sentido no bolso do alagoano nesta quarta-feira (1º). Alguns postos de Maceió já passaram o reajuste para o consumidor, em alguns deles, o valor cobrado nas bombas é de R$ 5,99. Na capital potiguar, Natal, a gasolina também bateu R$ 5,99.
Na região Norte o levantamento mostrou que em Roraima, a média do preço do diesel comum atingiu R$ 7,758 e da gasolina R$ 6,096. Outros estados da região Norte também registraram preços altos em combustíveis. O Amapá apresentou o maior valor para o diesel S-10. O Pará foi o estado que registrou o litro do etanol mais caro do País, a R$ 5,18.
Depois dessa péssima decisão de reonerar os combustíveis a equipe econômica do PT cometeu um erro ainda mais grave. O governo federal anunciou nesta terça-feira (28) que vai criar um imposto temporário sobre a exportação de petróleo cru.
O objetivo seria que a taxação sobre gasolina e etanol não seja completamente repassada ao consumidor ao ser retomada a partir de quarta-feira (1º), conforme o previsto.
Entenda: o PT aumentou os impostos sobre os combustíveis depois criou um novo imposto para dirimir os impactos do primeiro.
Não entendeu?
Não se preocupe, não faz sentido mesmo. A lição que se tira dessas confusas decisões no âmbito econômico é que estamos à mercê de beócios.
Por Eduardo Negrão / Consultor político e autor de "Terrorismo Global" e "México pecado ao sul do Rio Grande" ambos pela Scortecci Editora.