Com a cobrança da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) Fio B para quem investir em energia solar, em vigor desde o início de janeiro deste ano (Marco Legal da Geração Distribuída), muito se discute se ela ainda segue sendo vantajosa e a resposta é sim! Segue sendo viável para quem deseja economizar na conta de energia, de pequenos a grandes consumidores.
Como explica o engenheiro eletricista e diretor comercial da Yellot, Jordan Jorge de Carvalho, o cenário é ainda mais positivo para grandes consumidores. Classificados como Grupo A, as indústrias e estabelecimentos comerciais de grande não têm descontos sobre a energia consumida durante o dia, o chamado horário fora de ponta (6h às 18h), que costuma ser o de maior consumo nestes locais. “Eles já pagam pela demanda contratada e nela está embutida a remuneração pelo uso do sistema”, afirma o diretor comercial.
Os setores de indústria, comércio e serviços representam cerca de 35% de toda a potência de energia solar utilizada no Brasil hoje, de acordo com Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). “É um mercado que tem muito a ser desbravado e nós que atuamos nesse setor, seguimos otimistas”, comemora Jordan.
E não é só quem trabalha viabilizando a implantação de energia limpa que é diretamente beneficiado. É um ciclo virtuoso. No caso da indústria, ao obter menores custos de produção, aumenta-se a competitividade e consequentemente a venda, beneficiando o consumidor. Isto porque, com a instalação de uma usina solar é possível economizar de 80% a 95% nos custos com energia elétrica, pagando o investimento em média até quatro anos. “Após este período, o dinheiro economizado pode ser destinado aos mais variados investimentos para a própria empresa, seja na decisão de expandir a operação ou até mesmo se tornar mais competitivo perante os concorrentes, beneficiando o consumidor final com melhores preços”, lembra.
Energia limpa, acessível e que gera produtividade Após instalar uma usina solar para abastecer uma parte de sua fábrica e os seus restaurantes, o Bapi, importante rede goiana de alimentação saudável, conseguiu gerar uma economia média mensal em torno de R$12 mil com a fatura de energia. Com a economia anual estimada em mais de 140 mil reais, o objetivo da empresa é usar esse valor para investir na ampliação da produção energética, instalando uma segunda usina solar para abastecer 100% da sua demanda de energia.
Além disso, quando grandes consumidores decidem investir em energia solar é preciso destacar a importância dessa atitude refletida na prática no meio ambiente. No caso da rede citada, a usina solar de 96,48 kWp de potência está contribuindo ambientalmente com o equivalente a 72 árvores plantadas e 18 toneladas de CO2 evitados por ano. “Empresas cada vez mais têm de adequar seus meios de produção e suas formas de trabalhar para que possamos não degradar mais o meio ambiente e, talvez, reverter um pouco dos danos causados. O mercado não admite mais organizações que não tenham um propósito sustentável e gerar sua própria energia é uma forma de se mostrar alinhada aos objetivos da sociedade de preservar o planeta”, ressalta Jordan.
Residência O consumidor comum que optar por ter energia solar em sua residência não vai sentir um impacto significativo com a lei 14300 que instituiu o Marco Legal da Geração Distribuída. Isso porque com os crescentes aumentos da tarifa de energia elétrica, geralmente superiores a 8% ao ano, o retorno médio do investimento continuará ocorrendo na média entre três e quatro anos.
Outros pontos positivos são a maior segurança jurídica que o consumidor ganha com a nova regulamentação, além de não haver mais cobrança de duplicidade do custo de disponibilidade. “Se a soma do consumo da rede com parcela do Fio b na compensação for menor que a disponibilidade (em R$), paga-se o custo de disponibilidade somente. Se a soma acima for maior, paga-se o Fio b e o consumo da rede, e a disponibilidade não será paga”, orienta Jordan.
Para os consumidores que adquirirem o seu projeto de energia solar a partir de agora, começa um período de transição na cobrança da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD) Fio B, reforçando que quanto antes o projeto for homologado, melhor. O Artigo 27 do Marco Legal da Geração Distribuída prevê uma adaptação de seis anos aumentando a porcentagem do valor pago sobre a Fio B em 15% ao ano até completar os 100%, ficando assim: 15% a partir de 2023; 30% em 2024; 45% em 2025; 60% em 2026; 75% em 2027; 90% em 2028; e 100% nos anos posteriores, exceto para os que protocolaram o pedido até julho de 2023 que mantém os 90% da taxa até 2030.
Atualmente, a TUSD Fio B representa aproximadamente 27% do valor da conta de energia. Isso significa que, na prática, o consumidor que adquirir um sistema fotovoltaico em 2023 vai pagar uma taxa pelo uso do sistema de 15% sobre esses 27%, o que resulta em uma cobrança de, em média, 4% sobre o valor total da sua conta de energia. “Dessa forma, o quanto antes ele instalar seu sistema, mais rápido obtém o retorno do investimento, já que a cobrança sobe gradualmente ano a ano”, explica o diretor.
Sobre a Yellot Referência em energia limpa no Centro-Oeste, a Yellot foi fundada em 2016 por três empresários – Pedro Bouhid, Jilson Brasil e Carlos Bouhid. Por seu pioneirismo, rapidamente ganhou projeção ao desenvolver projetos, instalações e consultoria em energia solar. Inicialmente atuando com a marca Dusol e entregando projetos de excelência nos escritórios de negócio em Goiânia (GO) e Brasília (DF), seus fundadores logo perceberam novas oportunidades de mercado, indo além das soluções em energia solar, a começar pelo nome.
Evoluindo e abrindo caminhos para ainda mais inovação e possibilidades em energia limpa, em abril de 2022 nasceu a Yellot. A empresa traz um portfólio ainda mais completo para atender empresas, indústrias, residências e agronegócio, com ênfase para grandes projetos. Com a Yellot, a empresa deixa explícito que o sol não é o limite, mas sim o início de um processo contínuo de inovação, ancorado em tecnologia e soluções que visam economia e sustentabilidade.