Goiás é o oitavo estado com mais registros de estabelecimentos produtores de cachaça. Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) de 2021 também apontam que, de 938 estabelecimentos, 39 são do Centro-Oeste, sendo 31 de Goiás.
Embora a produção formalizada se concentre em Minas Gerais, com 353 registros, os produtores goianos estão se organizando cada vez mais.
Ao Portal 6, o presidente da Associação Goiana de Produtores de Cachaça Alambique (AGOPCAL), Luis Álvares de Campos Filho, explicou que a formalização cresce no estado. “Em 2012, tínhamos 1.500 alambiques em Goiás e seis empresas registradas. A partir desse dado, começamos a buscar a profissionalização”.
“Crescemos muito em relação à capacidade técnica, melhoria da qualidade e atendimento às boas práticas”, detalha. Luis é produtor de cachaça de terceira geração. Desde 1948, a família produz a “branquinha” de alambique, ou seja, artesanal.
“Isso faz com que os produtores informais queiram se registrar. Não podemos fomentar o mercado ilegal, então essas visitas guiadas serão realizadas somente nos estabelecimentos que seguem as normas de saúde”, afirma.
Por conta da qualidade do produto, diversas cachaças goianas vêm ganhando destaque não só no cenário nacional como também internacional. A cachaça Alma Gêmea Platina, produzida em Planaltina de Goiás, conquistou a medalha de prata do Concurso Mundial de Bruxelas, um dos mais respeitados da Europa, em 2009.
Outros destaques premiados são a Cana da Terra, de Alexânia, Pirenopolina, de Pirenópolis, e Vale das Águas Quentes, de Caldas Novas. Sendo assim, os próximos anos serão de crescimento, de acordo com o presidente da AGOPCAL. “Já estamos começando a exportar para outros países. Daqui a cinco anos, veremos a cachaça goiana ao redor do mundo”.