10/06/2023 às 22h49min - Atualizada em 11/06/2023 às 00h00min
Com registro suspenso, médico suspeito de abuso sexual em Igarapava sai da prisão
Justiça concedeu habeas corpus ao ortopedista Laerte Fogaça, que responderá ao processo em liberdade. STJ condicionou medida a impedimento de investigado atuar profissionalmente.
Justiça concedeu habeas corpus ao ortopedista Laerte Fogaça, que responderá ao processo em liberdade. STJ condicionou medida a impedimento de investigado atuar profissionalmente. Médico suspeito de abuso sexual em Ituverava, SP, consegue habeas corpus A Justiça concedeu um habeas corpus ao ortopedista Laerte Fogaça Souza Filho, suspeito de abusar sexualmente de pacientes em Igarapava (SP). A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) condicionou a liberdade a medidas cautelares como a suspensão do registro dele no Conselho Regional de Medicina (CRM), o que o impede de exercer a profissão. O advogado de defesa de Laerte, Matheus Queiroz de Souza, informou que ele cumprirá todas as determinações da Justiça. Laerte, que também é vereador pelo PTB em Ituverava, foi afastado de suas funções por 90 dias, sem direito a receber salário de quase R$ 5 mil. O ortopedista estava preso na cadeia de Guanabara desde a semana passada e foi solto na noite de sexta-feira (9), de acordo com informações obtidas pela produção da EPTV, afiliada da Rede Globo no interior de São Paulo neste sábado. LEIA TAMBÉM O que se sabe sobre o médico suspeito de abusar sexualmente de pacientes em Igarapava Laerte Fogaça de Souza Filho sai da prisão Reprodução/Câmara dos Vereadores de Ituverava Denúncia de abuso sexual O médico de 57 anos foi preso em 24 de maio em Igarapava por suspeita de abusar sexualmente de uma paciente. Segundo a Polícia Civil, a vítima contou que estava em consulta no Hospital dos Canavieiros com o médico ortopedista e que ele pediu a ela que se deitasse na maca para examinar a perna direita dela. A mulher contou à polícia que percebeu quando o médico esfregou o pênis ereto nela por três vezes durante o exame. Ao fim da consulta, a paciente deixou o consultório e procurou a polícia para denunciar o médico. Após a denúncia, a Polícia Civil descobriu que já havia queixas de mulheres em Aramina (SP) e em Guaíra (SP), feitas em 2020 e 2022. As denunciantes relataram que durante a consulta, o médico pediu para que elas se deitassem na maca de bruços e com as mãos para trás. Em seguida, ele se aproximou com o pênis ereto e o colocou nas mãos das mulheres ou o encostou nelas. Elas também disseram que o ortopedista massageava o pescoço delas, mas que o toque não era parecido com um exame, e sim com uma carícia sexual. “Os boletins de ocorrência antigos contra ele têm uma similitude muito grande no modus operandi para praticar os abusos. Isso é um indício de que ele poderia estar praticando esse ato com frequência. É bem parecida a maneira como expõe as vítimas. Sempre tem a maca envolvida, um atrito, uma fricção de genitália que a vítima sempre acha estranho e percebe na hora”, afirmou o delegado Gabriel Fernando Tomaz da Silva. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região