Após decisão judicial determinando tratamento especializado, David Lima de Sousa, de 2 anos e 8 meses, será transferido de um hospital de Goiânia para São Paulo, nesta quinta-feira (28). O garoto sofre de uma doença rara e pesa apenas 5,3kg. A família está com grande expectativa para iniciar o novo tratamento.
“Estou muito ansiosa para chegar lá, começar o tratamento e a gente obter resultados. Estou muito feliz. Agora meu filho vai ter o atendimento que precisa”, disse ao G1 a mãe de David, a autônoma Aline Siqueira Lima, de 34 anos.
Internado no Hospital Araújo Jorge, o menino deixará a unidade de saúde às 9h. Ele, a mãe e uma tia seguirão em uma Unidade de Terapia Intensiva aérea para São Paulo. De acordo com Aline, o Governo de Goiás a informou que o tratamento será no Hospital Israelita Albert Einstein.
O marido de Aline e os outros dois filhos, de 10 anos e de 4 meses de vida, ficam na capital. “É a primeira vez que separo deles muito tempo. A gente não tem previsão de nada. Vamos hoje, mas a volta só a Deus pertence”, concluiu.
Doença Quando David tinha 1 ano e meio, ele foi diagnosticado com Síndrome de Imunodeficiência Combinada (Scid). A doença diminui a quantidade de linfócitos - células de defesa - do corpo.
O tratamento consistia em um transplante de medula óssea e, por sorte, o irmão mais velho de David mostrou compatibilidade. A cirurgia foi feita no Araújo Jorge, mas, segundo a mãe, o menino continuou com problemas.
"Mesmo depois do transplante, os exames de sangue dele não mostram alteração. Ele está internado desde o dia 17 de março e não houve evolução. Paralelo a isso, ele tem um problema no intestino, que o faz evacuar cerca de 12 vezes por dia", explicou Aline.
Em nota, a Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), responsável pelo Hospital Araújo Jorge, informou que o transplante de medula óssea foi um sucesso. Porém, após essa cirurgia, ele apresentou um novo problema clínico, que é uma disfunção no tubo gástrico, o que faz com que os alimentos não seja bem absorvido e provoca diarréia crônica.
Com esse novo quadro, o hospital disse que o menino precisa de um especialista na área gastroenterologia pediátrica e que a unidade não tem profissional nessa área.